A ascendência e descendência: Fontes - Coelho - Silva - Pereira - Colaço - Xavier -Madeira - Fragoso - Vargas (Santarém/Várzea) e Faustino - Carreira (Santarém/Moçarria) com ligação a outros troncos
Página Inicial | Contacto
 



Fontes
ADS/Reg.Par.Várzea l.º B
ass. nº 277 pág. 42 ano 1843.
Invent.Menores
Ano 1847 Proc 791/1º Ofício Maço 25 do curador geral dos orfãos José Frederico Candido Almeida.
ADS/Reg.Par. l.º C ass. nº 165 pág. 82 ano 1866.
Doação l.º notas nº 148 fls 44 notário de Santarém José Maria Ferreira da Cruz
CRC Santarém l.º O ass. nº 591 ano 1923.
Maria da Conceição Fragoso (15)
* Santarém, Várzea, Vilgateira 20.08.1843 + Santarém, Várzea, Vilgateira 25.09.1923
Pais
Casamentos
Santarém, Várzea 21.11.1866
Filhos
Notas Biográficas
  • Foi baptizada no dia 10 de Outubro de 1843 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Várzea, pelo pároco António Fragoso de Rhodes. Foi seu padrinho Vicente Montês, de Vilgateira.
  • Tomou o antropónimo Fragoso pela via varonil de seu pai.
  • Quando sua mãe morre tem apenas 2 anos de idade, razão pela qual seu pai fez Inventário de Menores em 1847 no Tabelião de Santarém João António Rodrigues de Miranda. Por decisão judicial foi constituido um Conselho de Família, do qual faziam parte João Vargas, António Nunes, Estevão Duarte Fragoso e Joaquim Vargas, de Vilgateira.
  • Casou aos 23 anos de idade na igreja onde fora baptizada. A cerimónia foi presidida pelo padre António Fragoso de Rhodes e testemunhada por Policarpo José de Sousa, tesoureiro daquela igreja, e pelo padre Manuel Galdino Franco do Seminário de Santarém.
  • Seu pai e sua sogra Maria Joana Fragoso eram irmãos, sendo esta sua tia. Era, por isso, prima de seu marido em 2º grau e para casarem sem impedimento de consanguinidade apresentaram Carta de Sentença Eclesiástica e pagaram bula.
  • Usava Maria da Conceiçao Fragoso e também Maria da Graça Fragoso.
  • Tinha património, que incluía casas, terras de semeadura, domínio directo de foros e direito a rendas, num total de 26 prédios. No dia 4 de Março de 1922, já com 79 anos de idade, chamou a sua casa o Notário da Comarca de Santarém José Maria Ferreira da Cruz e através da escritura lavrada no Livro de Notas n.º 148 a fls. 44 celebrou um tratado de doação com seus filhos, genros e noras, do qual se extrai as seguintes passagens: “pelo motivo de se achar já de avançada idade, não podendo por isso tratar do amanho dos seus prédios nem da administração da sua casa, da primeira outorgante desses mesmos bens passa a fazer doação a seus filhos genros e noras...”
  • Mais á frente diz: “Que todos os donatários são obrigados a dar a ela doadora todos os anos pelo dia de Natal um porco gordo, pelo menos com o peso de sessenta e cinco quilos....Que cada um dos donatários (entendendo-se por um marido e mulher) fica mais obrigado a dar a ela doadora enquanto viva for e no dia primeiro de cada mês...nove escudos em dinheiro e no dia quinze de agosto de cada ano ...cento e quatro litros e oitenta e oito centilitros de trigo, vinte metros de fachina , ou lenha que a ela se assemelhe, duas dúzias de molhes de vides e no dia vinte e cinco de Dezembro de cada ano...dez litros de azeite...Que tanto a pensão em dinheiro, como em géneros, será satisfeita a ela doadora ou a quem legalmente a representar, nos dias dos seus vencimentos e na casa da sua residência”.
  • Na parte final os donatários dizem: “Que aceitam agradecidos a doação que a primeira outorgante sua mãe e sogra lhes acabou de fazer, e se obrigam por si e seus herdeiros e sucessores, a pagarem pontual e fielmente a pensão estipulada nos dias do seu vencimento”.
  • Assegurou, assim, o conforto e estabilidade até ao final da sua vida, a sua reforma dos tempos modernos.
  • Faleceu de caquexia senil com 80 anos, em sua casa de Vilgateira. Não deixou descendentes manores e não fez testamento.
  • Foi sepultada no cemitério antigo da Várzea.
  • .
Notas
  • Conheceu os reis D. Maria II, D. Pedro V, D. Luis, D. Carlos I e D. Manuel. Conheceu ainda sete presidentes da república e os factos de maior relevo foram a abolição da pena de morte e a revolução da Maria da Fonte, a inauguração do telégrafo e do comboio, o mapa cor de rosa, o regicídio e a implantação da república.
© 2004  Guarda-Mór, Edição de Publicações Multimédia Lda.