Fontes
HGCRP-Tomo I-pg. 230
NFP-vol. IV-pg. 301 (Castros) |
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D.Inês de Castro
* Espanha c. 1320 + Coimbra 07.01.1355 Casamentos Bragança 1354
Filhos Notas Biográficas
- ....Estavas, linda Inês, posta em sossego
- De teus anos colhendo doce fruito,
- Naquele engano da alma ledo e cego,
- Que a fortuna não deixa durar muito,
- Nos saudosos campos do Mondego,
- De teus fermosos olhos nunca enxuito,
- Aos montes ensinando e às ervinhas,
- O nome que no peito escrito tinhas.....
-
- Do teu Príncipe ali te respondiam
- As lembranças que na alma lhe moravam,
- Que sempre ante seus olhos te traziam,
- Quando dos teus fermosos se apartavam;
- De noite, em doces sonhos que mentiam,
- De dia, em pensamentos que voavam;
- E quanto, enfim, cuidava e quanto via
- Eram tudo memórias de alegria. ..... ( Os Lusíadas)
Notas
- A 7 de Janeiro de 1355, o rei D.Afonso IV cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro numa excursão de caça, foi com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e outros para executarem D. Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
- Em Junho de 1360, D.Pedro I fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que não se lembrava». A palavra do rei, do seu capelão e de um seu criado foram as provas necessárias para legalizar esse casamento.
- D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos Túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde trasladou o corpo da sua amada Inês, em 1361 ou 1362. Juntar-se-ia a ela em 1367.
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