Casa da Serra, da Trofa. (Ascendência, Descendência e Colaterais)
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Fontes
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http://www.rotadoromanico.com/

Tiago Cerejeira Fontes.
Gonçalo Ouveques
* 1067 + 1113
Pais
Filhos
Notas Biográficas
  • Foi rico-homem senhor de Cête e de Mouriz
  • Refundou o Mosteiro de Cête (séc. XI): é neste mosteiro, na capela funerária que se localiza sua arca tumular.
Notas
  • Mosteiro de São Pedro de Cête:
  • A sacralização do solo pelo túmulo de D. Gonçalo Oveques, cuja capela funerária se encontra na torre de São Pedro, poderá estar na origem do Mosteiro de São Pedro de Cête, com documentação a comprovar a sua existência em 924 e, em 985, é possível encontrar referências a uma basílica em honra de São Pedro.
  • Outros historiadores indicam este nobre como o responsável pela reconstrução do Mosteiro, já que terá vivido no século XI.
  • A construção hoje existente, no entanto, não corresponde a épocas tão tardias, apresentando vários arranjos góticos, efetuadas no final do século XIII e início do século XIV, conforme inscrição visível na parede norte da capela-mor, junto ao sarcófago do Abade D. Estêvão Anes, falecido a 23 de julho de 1323, responsável pela reforma completa da igreja.
  • O facto de estas construções monásticas serem, nesta época, alvo de ataques constantes de muçulmanos ou normandos, justifica a existência de fortificações defensivas nas imediações, sendo, neste caso, o Castelo de Vandoma.
  • Aos patronos, famílias poderosas que efetuaram doações às ordens monásticas, cabia a tarefa de defender os mosteiros, beneficiando dos direitos de “aposentadoria e comedoria”, bem como do direito de serem tumulados no mosteiro.
  • A implantação deste Mosteiro neste local evidencia a organização do território na época, através das paróquias, e reflete a importância que as ordens religiosas desempenharam na formação e consolidação do reino. A presença de uma igreja garantia a posse e ocupação do território.
  • Personalidades Históricas:
  • Abade D. Estêvão Anes
  • O Abade D. Estevão Anes esteve à frente do Mosteiro de São Pedro de Cête a partir de 1278, vindo a falecer em 1323. É-lhe atribuída grande responsabilidade nas obras de reforma da igreja, permitindo alicerçar a datação gótica deste templo.
  • D. Gonçalo Oveques
  • D. Gonçalo Oveques, fundador do Mosteiro de São Pedro de Cête, lutou ao lado de Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, amigo de D. Afonso Henriques e responsável por inúmeras e épicas conquistas no campo de batalha. D. Gonçalo Oveques teve pelo menos um filho, Diego Gonçalves, que, como sabemos, deixou geração.
  • Guterre Mendes
  • Era filho de D. Mendo Dias e D. Guntinha Guterres e está documentado desde 1072. Casou com Onega Gonçalves, da poderosa família dos senhores de Moreira, e era detentor de um vasto património fundiário na região do Douro Litoral.
  • Segundo inscrição funerária, terá falecido em 1117, encontrando-se sepultado no Mosteiro de Cête, onde reaproveitou o túmulo de um elemento da sua linhagem, provavelmente com a intenção de reforçar a legitimidade dos seus direitos patrimoniais sobre o Mosteiro de Cête.
  • Lendas e Curiosidades:
  • Apesar de o interior corresponder à espacialidade própria do gótico, o Mosteiro de São Pedro de Cête evidencia o aproveitamento que foi efetuado das primeiras fiadas da nave, de características românicas, bem como do portal sul de acesso ao claustro.
  • O Mosteiro assume particular relevância na região, pelo facto de, ao termos uma datação muito concreta das obras realizadas, servir de comparação relativamente aos restantes monumentos. De facto, Cête é o monumento-chave no processo de datação do românico tardio da região
  • Cronologia:
  • Séc. X – Fundação original;
  • Séc. XI (finais) – Segunda fundação;
  • Séc. XII (1.º quartel) – Adoção da Regra de São Bento;
  • Sécs. XIII (finais) e XIV (inícios) – Reedificação da Igreja;
  • Séc. XVI – Construção ou reconstrução da capela do fundador;
  • 1881-1882 - Obras de restauro, devendo-se a iniciativa à Junta de Paróquia;
  • 1936 – Início da campanha de restauro sob a orientação da DGEMN - Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais;
  • 1948-1953 - Trabalhos diversos;
  • 1966 - Obras de conservação;
  • 1967 - Conservação geral, drenagem do claustro e instalação elétrica;
  • 1972 - Reparação dos prejuízos causados por um temporal;
  • 1976 - Beneficiação dos telhados;
  • 1980 - Reparação do beirado da igreja que confina com a sacristia e o claustro;
  • 1982 - Reparação e conservação do corpo adossado à sacristia;
  • Anos 90 – A Igreja de São Pedro de Cête passa a ser tutelada pelo IPPAR - Instituto Português do Património Arquitetónico;
  • 1998 – Integração do Mosteiro de São Pedro de Cête na Rota do Românico do Vale do Sousa.
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