Ascendentes e Descendentes de Joseph Sprenger e Ascendentes e Descendentes de Joaquim Ribeiro de Macedo Braga. * (paginas em contrução)
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Martim Leme *
* Madeira - Funchal ? + ?
Casamentos
Filhos
Notas Biográficas
  • Os antepassados da Família Lem eram comerciantes de destaque na cidade de Bruges, hoje Bélgica. Naquela época, a cidade era uma importante metrópole do Condado de Flandes que ocupava parte do oeste da Alemanha, noroeste da França, Bélgica e Holanda.
  • Bruges, que na língua nativa é Brugge provavelmente vem da nome “Bryggja”, palavra de origem nórdica, talvez de algum dialeto antigo talvez usado por vikings, que significava “ancoradouro”, lugar onde se deixavam os barcos. Ironicamente essa cidade que fora fundada no século IX por vikings, mais tarde quando se tornou alvo de outros grupos desse mesmo povo, fora fortificada por Badwin, seu primeiro conde e governante, para proteger seus cidadãos das pilhagens dos seus “parentes ainda nômades e bárbaros”. Por essa descrição podemos afirmar que os “Lem” tem origem nessas tribos germânicas.
  • Devido a importância comercial daquele lugar, Bruges era um ponto onde se encontravam mercadores do mundo inteiro. Como Portugal se destacava no comércio marítimo, ali os portugueses também comercializavam os produtos que traziam em suas caravelas, tais como a especiarias, madeira e mais tarde, o açúcar da Ilha da Madeira, primeiro lugar a produzir o açúcar na Europa que depois foi implantado no nosso país, onde os Lemes se tornaram importantes donos de engenho, a começar pelo arrendamento do Engenho de S.Jorge dos Erasmos, depois a região de Campinas, fundada pelo descendente Francisco Barreto Leme, interior da província que virou o Estado de S.Paulo, Minas Gerais, etc.
  • Os Lem tinham suas próprias caravelas e por isso conseguiram do rei de Portugal o monopólio do comércio de cortiça por dez anos, franquia essa dada a Maerten Lem (Martin Lem) e talvez tenha sido isso o passo definitivo para que membros desse clã fossem mais tarde para Madeira e de lá vieram para o Brasil. Fato esse, que se não houvesse acontecido, não existiríamos e nem o nosso país seria o mesmo de hoje.
  • Os dados sobre esses primeiros Lem são obscuros, e pouco provável que venham ser esclarecidos definitivamente. Mesmo, em relação aos diversos Maerten Lem, Martin Lem, Lem,Lems e Leme. Assim, ainda não se consegue afirmar com convicção “quem foi quem” no começo de nossa árvore genealógica.
  • Através de vários pesquisadores obtivemos algumas informações, porém cheia de hipóteses, baseadas em cálculos do tempo, expectativa de vida. Alguns registros e citações em inventários, obras de pesquisas antigas e costado de algumas famílias nos levam a algumas famílias européias e conseqüentemente a uma parte da linha genealógica dessa grande família.
  • Os pesquisadores mais antigos como Pedro Taques de Ameida Leme, Luiz Gonzaga da Silva Leme, além de outros se dedicaram a vida toda a pesquisar essas origens, com base em outras pesquisas como a de Manuel Soeiro em seus Anaes de Flandes, nos fornecem algumas bases confiáveis. Por aqui, Dr, José (da Silva Lemes) Guimarães, que viveu em Ouro Fino, com base nas pesquisas do Monsenhor José do Patrocínio Lefort, residente em Campanha, também se dedicou às pesquisas de sua origem Lemes, que o levou produzir a grande obra publicada após seu falecimento: “As Três Ilhoas”, além de outros estudos como “Os Martins Ribeiro”, “Os Goulart”, etc.
  • A árvore propriamente dita:
  • Conforme apurei em alguns trabalhos, o primeiro Lem que se tem notícia, ou que pelo menos de quem há algum registro, foi Willem Lem, também citado como Guillaume Lem, na forma francesa já que parte do condado de Flandes falava essa língua, além do holandês e seus dialetos.
  • Willem ( ou Guillaume) poderia se referir a mais de um na árvores genealógica. Algo que não fica muito claro quando analisamos os trabalhos sobre esse clã.
  • Alguns estudiosos citam um filho com o mesmo nome, o que complica a aceitação de apenas um membro Willem.
  • Comecemos pelo ano referência de 1350 que é a data do provável nascimento do primeiro Willem de nossa árvore:
  • ANO 1350
  • 1)WILLEM LEM (I) – (também citado na forma francesa de Guillaume) - Hipóteses com base em pesquisas dea Ruud e Will Lem - teria nascido por volta de 1340/50 e teria falecido por volta de 1440).Em 1391 ele teria se casado com Catherina (Claire) de Beernem, viúva de Jean Golebeters.
  • Analisando as datas temos que na época do casamento, Willem teria 51 ou 61 anos de idade, o que deixa dúvida numa época quando os homens viviam menos de 60 em média.Isso poderia sim ter acontecido, mas por razões patrimoniais.
  • Outro ponto que complica aqui é a data provável de seu falecimento: 1415 ou l440 – Em 1415 Willem teria 75 ou 65/100 ou 90 – Isso nos leva a concluir que provavelmente não seria esse o Willem que se casara com Claire, mas um filho seu de mesmo nome.
  • Considerando por esse lado, Willem I que nascido em 1340 teria tido um filho com sua esposa de nome desconhecido, e teria dado a ele o seu nome, o que passaria para nós como Willem II, alem dos filhos Raem e Jan (data referência : 1390).
  • Mas vamos considerar que Willem II tenha nascido em 1370: assim em 1391 teria 21 anos e poderia ter se casado com a viúva Claire Van Beernem.
  • 2) WILLEM LEM (II) : Seguindo o raciocínio anterior, Willem II poderia ter nascido por volta de 1360/70 ou até mesmo 1380 como está em alguns trabalhos publicados no Brasil.Mas para ter se casado com D.Claire, vamos estimar 1360/70. Assim,com 31 ou 21 anos em 1391, poderia se casar muito bem com Claire Van Beernem, que pode ser a mesma pessoa descoberta nos registros franceses sobre a famíla, conforme nos informou Ruud Lem, com o nome de Catherine .......?
  • Se assim aconteceu, Willem II poderia ter vivido até 1415 e falecido, na melhor das hipóteses com 55 anos, ou ido até os 65.
  • Esse Willem poderia ser o pai de: Willem, Raem e Jan (Jean/Joam) conforme descoberta recente de Ruud Lem, residentes em Bergues St.Winoch em 1390, E, também ter tido o filho com o nome de Maerten Lem, filho de um primeiro casamento e órfão de mãe que teria morrido de parto, ou mesmo ser o único filho de Willem com Claire que faleceu nesse parto em 1395, quatro anos depois desse segundo casamento.
  • Maerten Lem, que entrou nos estudos dos pesq uisadores portugueses e brasileiros como Martim Lems (ou Martin Lems, conforme o estudioso paraguaio Martin Romano) seria o verdadeiro início da genealogia Leme.
  • A Dúvida que surgiu nesse Maerten Lem é a existência de uma união com uma portuguesa de nome Joana de Barros, citadaa em alguns trabalhos como mãe de Martin Lems, aquele que veio se casar com Leonor Rodrigues, citada no início dos trabalhos de Luiz Gonzaga da Silva Leme, em sua Genealogia Paulistana.
  • Ainda com dúvidas difíceis de se confirmar, aceitamos o que divulga Martin Romano:
  • Martin Lem, que na sua demonstração teria nascido em 1.400 ( talvez, pela citação de Ruud em 1395 no parto que o deixou órfão de mãe) seria o pai de: ( não cita o nome da mãe)
  • 1)Martim (Martin Lem/Maerten Lem)
  • 2)Charles
  • 3)Willem ( ou Guillaume, já que poderiam residir na parte francesa do condado de Flandes).
  • Martim figura nessa árvore com a identificação de Martim Leme, mas que acreditamos ser na realidade Maerten Lem, com o nome aportuguesado.
  • Martim Leme, ou Maerten Lem, nascido por volta de 1450 ( data que complica a sequência, tornando ter sido mais filho de Martin Lem, o irmão de Charles e Willem Acima).
  • Martim Leme (Martin Lem ou Maeten Lem) criado e educado em Bruges, voltara mais tarde para Lisboa já adulto para cuidar dos negócios do seu pai Maeten Lem, e foi pai de três fihos citados em quase todos os trabalhos genealógicos sobre esse clã:
  • 1)Antonio (ou Anton) Lem
  • 2)Martim Lem
  • 3)Louis Lem (Luiz)
  • Conforme citam, Martin Lem (Martim Leme I) passou a Portugal por causa do comércio e se estabeleceu em Lisboa. Ele foi mangnânimo de tal modo dedicado ao engrandecimento deste reino que montou por sua conta uma ursa (ou charrua) e nela mandou o seu filho Antônio Leme com vários homens de lança e espingardas a auxiliar a expedição de El-Rey D. Affonso, no ano de 1643 numa luta contra os mouros na África. Em recompensa “El-Rey” o tomou como fidalgo de sua casa.
  • Porem teve com Leonor Rodrigues, dama solteira da corte, os seguintes filhos:
  • 1- Antônio Leme;
  • 2- Luiz Leme;
  • 3- Martim Leme, que se tornou Cavalheiro da Câmara do Imperador Maximiliano I;
  • 4- Rodrigo Leme ( sem geração)
  • 5_ Catharina Leme que se casou com Fernão Gomes da Mina, e depois em segundas núpcias com João Rodrigues Paes; e
  • 6- Maria Leme, que se casou com Martim Diniz em Lisboa.
  • Outra definição encontrada na internet muda a sequência e alguns dados desses filho de Martin Lem (Maerten Lem) com Leonor Rodrigues: (Costado de Eanes)
  • 1-Luis Leme que quando o pai voltou para Bruges em 1466, foi em sua companhia e morreu jovem e sem descendência.
  • 2-ANTÔNIO LEME
  • 3-Martin Leme "O Moço" (dúvida) (* 12.11.1450 em Lisboa e + em Funchal-Ilha da Madeira) que foi com seu irmão e seu pai para Flandres e de lá voltou com Antônio para a tomada de Arzila e Tanger em 1471. Em 1483 com o mesmo irmão Antônio, foram se estabelecer na Ilha da Madeira na industrialização e exportação de açucar. Lá, em Funchal, veio a se casar com Maria Adão Ferreira, filha de Adão Gonçalves Ferreira (o primeiro homem a nascer na Ilha da Madeira) e de Beatriz Peres Esteves (Brites Pires) os quais, por parte de outro filho, João Adão "O Velho"..
  • 4- João Leme, nascido em Lisboa a 20.11.1459 e falecido em Funchal/Ilha da Madeira, sem descendência.
  • 5- Rodrigo Leme nascido em Lisboa a 20.11.1460 e falecido ainda criança.
  • 6- Catarina Leme nascida e falecida em Lisboa casada em primeiras núpcias com Fernão Gomes de Mina e em segundas núpcias com João Rodrigues Paes, filho de Paio Rodrigues Paes e de Isabel ANES, com geração em Portugal de ambos os casamentos.
  • 7- Maria Leme nascida em Lisboa onde também faleceu em 1460, solteira.
  • Nossa geração Luso-Brasileira continua aqui com Antônio Leme. Mas uma confusão com os nomes das esposas desse e de outro Antônio Leme nos deixa sem certeza da veracidade dos dados.
  • Antonio Leme acima, filho de Maeten Lem (Martin Lem ou Martim Leme) e Leonor Rodrigues teria se casado com um mulher de nome Catharina de Barros, que aqui denomino como Catharina I.
  • NOTA:
  • Catharina de Barros I – na definição de Martin Romano:
  • Hay alguna confusion con su descendencia, dado que hay varios Martin Leme y Antonio Leme, hijos uno de otros... y dos Antonio Leme, casados con una Catharina de Barros... pero por las fechas de nacimiento, esta Catharina de Barros solo puede ser consuegra del Martin Leme b. 1450...
  • ................................................................................................................................................................
  • Antônio Leme, acima, filho de Martim Leme (Maerten/Martin) e Leonor Rodrigues teria nascido em Fuentes de Maya, Galícia por volta de 1440 ou 1450, e fora morador de Bruges onde fora criado e educado como flamengo, o que justifica o apelido a ele dado como Antônio Leme, o flamengo.Mais tarde teria ido para Lisboa para cuidar dos negócios da familia e por ordem de seu pai Maeten Lem teria lutado em Marrocos contra os mouros, conforme já citado acima; “comandou um urca, embarcação de guerra que fora preparada em Bruges com recursos dos Lem para lutar junto a expedição comandada pelo rei D.Afonso V e seu filho, futuro sucessor D. João III para ocupar as fortalezas de Arzila e Tanger, bases da pirataria moura. Por esse feito, Antonio Leme foi armado cavalheiro da casa de D.João III, o que foi confirmado pelo Rei D.Afonso V. (Como se vê a história se repete, pairando mais dúvidas).
  • Esse Antônio Leme tivera um único filho: MARTIM LEME.
  • Mas outra fonte cita os seguintes filhos:
  • Martin Leme
  • Leme Leme (?)
  • Pedro Leme
  • Leonor Leme
  • Antonia Leme casada com Pedro Afonso de Aguiar
  • Aleixo Leme
  • Ruy Leme
  • Martim Leme, filho do Fidalgo Antônio Leme, se casara com Maria Adão Ferreira, filha de importante família da Ilha da Madeira,tendo o filho Antônio Leme, nascido em Funchal, Ilha da Madeira em 1471.
  • Desse Martim Leme há uma citação de uma carta de recomendação do infante e duque Dom Fernado, Senhor da Ilha da Madeira, à Câmara de Funchal, por onde passou em 1483, vindo a falecer naquela vila, onde deixou dois filhos:
  • 1)Antônio Leme
  • 2)João Leme.
  • Antônio Leme, o madeirense, se casa na ilha com Catharina de Barros, que classifico aqui como Catharina de Barros II, que alguns citam uma ascendência constestada com os pai que na realidade poderiam ser de Catharina de Barros I casada com o galego Antônio Leme, conhecido como “o flamengo”.
  • Antonio Leme, que teve larga descendência de sua mulher Catherina de Barros filha de Pedro Gonçalves da Clara, e de sua mulher Izabel de Barros; a qual instituiu um morgado na vila da Ponta do Sol, que possuem os descendentes de sua filha D. Leonor Leme; e seu filho Pedro Leme, instituiu outro na freguezia de S. Antonio, junto a esta Cidade, com obrigação de se conservar esta apellido nos administradores dele. (compilado do texto original de Martin Romano). E, Martin Lem (pai de Antônio e outros) decidiu voltar para Bruges, na Bélgica e lá ocupou altos cargos locais e, depois se tornaria um dos nomes mais cogitados da política, das finanças e do militarismo dos países baixos.
  • A filiação dessa Catharina, contestada por alguns, nos diz que ela descendia de Pedro Gonçalves da Câmara e de Izabel de Barros......
  • Antão Leme,
  • filho de Antônio Leme e de Catarina de Barros, em algumas citações. E, filho apenas de Antônio Leme com mulher desconhecida em outras.
  • Antâo Leme é a continuidade da sucessão desses Leme, embora também há aqui um ponto polêmico: historiadores acreditam que esse filho de Antônio Leme teria nascido antes do casamento dele com Catharina de Barros e portanto não seria descendente dela. Mas a maioria das árvores de família o citam como filho de Antônio e Catharina.
  • Naqueles tempos, o filho mais velho herdava tudo: os títulos e os bens do pai. Os demais ficavam “a ver navios”(usando a expressão portuguesa), o que na realidade não acontecia pois esses deserdados é que saiam mar aberto rumo a uma oportunidade que o Brasil representava com tantas promessas. Por esse motivo, Antão Leme veio para Capitania de S.Vicente entre os anos de 1532 e 1544 para tocar os negócios da família no negócio de açucar. Diz a história que ele já veio viúvo de seu casamento em Funchal e carregava nas bagagens várias mudas de cana de açúcar tiradas da Ilha da Madeira com as quais Martim Afonso de Souza iniciou a implantação dessa cultura em nosso país (l500-1571).
  • Antâo teve um único filho:
  • Pedro Leme, ou pelo menos é o único citado nos registros.
  • E, chegando à Colônia foi nomeado Juiz Ordinário de sua Câmara em 1544. *
  • A implantação dessa cultura, no país se deu talvez com a parceria com um empresário flamengo, Erasmus de Rotterdam, razão da escolha do nome da primeira industria de açucar em S.Vicente, o “Engenho de S.Jorge dos Erasmos” (conforme anotações de Martin Romano)
  • Pedro Leme nasceu em Funchal em 1515 e faleceu em S.Paulo em 1592 com 77 anos de idade. Casou-se três vezes:
  • 1)Com Izabel Paes (natural de Abrantes(PT), no continente;
  • 2)Com Luzia Fernandes, natural da Ilha da Madeira;
  • 3)Grácia Rodrigues de Moura, também de Funchal, Ilha da Madeira.
  • Com a primeira esposa teve o filho Fernando Dias Paes, que recebera o mesmo nome do avô materno, tio de João Pinheiro, Desembargador do Paço. Falecendo sua primeira esposa, Pedro Leme retorna à Ilha e lá se casa com Luzia Fernandes com que teve a filha Leonor Leme. Depois, víuvo pela segunda vez se casa com Grácia Rodrigues de Moura, com que teve Antônia Leme, nascida entre 1590 e 1592 na Vila de S.Vicente.
  • Pedro veio para o Brasil na companhia de sua filha Leonor Leme, que na época já era casada com Braz Teves (ou Esteves)
  • LEONOR LEME SE CASA COM BRAZ TEVES.
  • NOTAS: O genealogiasta Pedro Taques afirma ainda que Leonor Leme veio em companhia de seus pais da Ilha da Madeira, e já era casada em 1550 com Braz Esteves, morador da vila de São Vicente. E conforme acentua este autor “na mesma vila viveram muitos anos, abastados com lucros do engenho de assucar, chamado de São Jorge dos Erasmos” .
  • Luiz Gonzaga da Silva Leme, outro genealogista, acrescenta que Braz Esteves e o sogro, Pedro Leme, eram proprietários do citado engenho. No entanto, David Ferreira de Gouveia não concorda, alvitando que seriam talvez técnicos associados industrialmente. Ainda segundo este historiador, há uma ligação profunda com os administradores do engenho de S. Jorge dos Erasmos, com negócios de açúcar e provavelmente no fim da vida exportavam, vendiam ou faziam contrabando de açúcar para o Prata ou Perú .
  • Braz Esteves “depois se passou com seus filhos para a vila de São Paulo, onde fez o seu estabelecimento, e foi uma das primeiras pessoas da governança desta republica”. Do seu matrimónio com Leonor Leme nasceram cinco filhos, na vila de São Vicente. Um deles, Pedro Leme, ocupou todos os cargos da república, tendo uma sua trineta, Rosa Leme do Prado, também conhecida como Rosa Maria do Prado, é uma das avós da Família Silva Lemes de Campanha e Cambuquira, conforme se comprova a seguir, irmã que era de Maria Leme do Prado, esposa do madeirense Tomé Rodrigues Nogueira do Ó, ambas com grande descendencia não só em nossa região como também em outros lugares do Estado de Minas Gerais, Estado de S. Paulo e sabe Deus onde mais.
  • Essa historia continua.......
  • Pedro voltou à Ilha da Madeira, com o seu filho Fernando. Na ilha Pedro se casou em segundas núpcias com Luzia Fernandes. E, dessa nova união nasceu a filha Leonor Leme.
  • Em 1550, Pedro, a filha e o genro se mudam para o Brasil. Considerado pela sua fidalguia ocupou cargos na capitania conforme se pode atestar pelo texto abaixo:
  • “....e veio a fazer assento na vila, capital de São Vicente; onde desembarcou (...) e ali foi estimado, e reconhecido com o carater de fidalgo. Foi pessoa da maior autoridade na dita vila; e com a mesma se conservaram seus netos. Ali justificou Pedro Leme a sua filiação e fidalguia, em 2 de Outubro de 1564, perante o desembargador Braz Fragoso, provedor-mor da fazenda e ouvidor geral de toda a costa do Brasil” Diz Pedro Taques que ele quer justificar,
  • “que é filho de legitimo matrimonio de Antão Leme, natural da cidade do Funchal, na ilha da Madeira, o qual Antão Leme é irmão direito de Aleixo Leme, e de Pedro Leme, os quais todos são fidalgos nos livros de el-rei, e por tais são tidos e havidos, e conhecidos de todas as pessoas que razão tem de o ser; e outro sim são irmãos de Antonia Leme, mulher de Pedro Affonso de Aguiar e de D. Leonor Leme, mulher de André de Aguiar, os quais outro sim são fidalgos, primos do capitão donatario da Ilha da Madeira”.
  • Pedro Leme, foi o primeiro povoador da Fazenda de Santana. Em 1575, participou nas lutas contra os tamóios aldeados em Cabo Frio (Rio de Janeiro), em 1585, foi juiz ordinário em Santos e, no mesmo ano, participou, com o capitão-mor Jerónimo Leitão, numa entrada aos Carijós.”
  • Pedro Leme I faleceu em 1600
  • Nascido em Funchal/Ilha da Madeira emigrou para São Vicente/São Paulo/, antes de 1540 em companhia de sua filha Leonor e de seu genro Braz Teves (ou Esteves) que era artífice carpinteiro e plantador de cana com seu sogro Pedro.
  • Segundo se lê em Ilka Neves, mudou-se para o Brasil também por questões familiares decorrentes de seu primeiro casamento com Luzia Fernandes "cuja origem não se sabe". Luzia que era, como Pedro, natural da Ilha da Madeira, veio a falecer em 1560 em S.Vicente, sendo sepultada na Igreja de Nosso Senhor, então Matriz da Vila.
  • Em São Vicente herdou do pai, propriedades , entre elas a parceria na produção do Engenho de São Jorge dos Erasmos. Revindicou e obteve reconhecimento dos direitos de fidalgo da Casa del Rei, por despacho de sentença de 03.10.1564 (Ilka Neves).
  • Devido a decadência da industria açucareira de S.Vicente a partir de 1591, e após a Vila e arredores serem atacadas e assoladas por corsários ingleses sob o comando de Sir Thomas Cavendisch, Pedro se desfez de suas propriedades e mudou-se para a Vila de São Paulo. Pedro casou-se pela segunda vez, ainda em S.Vicente com Grácia Rodrigues de Moura, filha de Gaspar Rodrigues de Moura, tendo com ela a filha Antônia nascida entre 1590 e 1592 em S.Vicente.
  • 9)Leonor Leme,(*1526 em Funchal na Ilha da Madeira +13/01/ 1633, com 98 anos de idade na Vila de S.Paulo) Braz Teves( ou Esteves), seu marido, nasceu em 1520 na Ilha Da Madeira, Portugal. Casaram-se em Funchal por volta de 1540/50 ( mais lógico 50) e tiveram os seus filhos já no Brasil, conforme citação abaixo, tirada da Genealogia Paulistana de Luiz Gonzaga da Silva Leme:
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