Fontes
Registro de Casamento Religioso de Itapajé (CE), Livro 3, Image 109
índice Remissivo De Francisco de Araújo Lima:
Cronologia Sobralense - Tomo III - pág. 45
Pe. Francisco Sadoc de Araújo
Cronologia Sobralense - Volume 3 - Pág 33
Padre Francisco Sadoc de Araújo
www.familiascearenses.com.br
Diário Oficial da União de 22.05.1892 |
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Cel Neutel Pinheiro Bastos
* São Francisco de Uruburetama, Itapajé (CE) c. 1846 + Boqueirão, termo de São Francisco (atual município de Itapajé - CE) 24.01.1899 Pais
Casamentos Itapajé (CE) 07.01.1869
Filhos Notas Biográficas
- Coronel Comandante da Guarda Nacional da Comarca de Itapipoca (CE).
- Exportava algodão e tinha criação de gado.
- Foi um grande pecuarista e produtor de borracha.
- O Cel.Neutel seria o futuro governador do estado do Ceará.
- Morto numa emboscada.
- A sua morte foi tramada por adversários políticos da cidade de Itapipoca (CE).
- Lucraram com a sua morte: Cel.Liberato Barrozo de Souza & Antônio Pinto Nogueira Accioly (Governador do Ceará)
- Suas terras ficavam as margens da BR-222,do boqueirão das araras,próximo de Fortaleza até São Joaquim, próximo a Irauçuba, mais de 90 km de extensão.
- A sede da fazenda,fica num local chamado Camorim e, se chama Tinindeira, que significa o som das estalactites de uma gruta próxima de sua casa.
- A gruta que os pistoleiros ficaram esperando a vinda da sua comitiva,que vinha de Uruburetama (CE), cidade serrana.
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- Conforme Sebastião Gomes Neto:
- "Neutel Pinheiro Bastos, influente líder político da região de Uruburetama, tombou sem vida, vítima da sanha sanguinária de sicários, asseclas assalariados de Francisco de Assis e Mello, Antonio Severiano Maciel da Costa, José Paulino de Queiroz Bastos, com a participação, ainda, de Ismael Teixeira Bastos. Os autores materiais da macabra e hedionda empreitada, ocorrida no lugar Boqueirão, em terras da Fazenda Santo Antônio, foram os indivíduos, José Cariry, desertor de um dos corpos da infantaria do exército, caboclo de Francisco de Assis e Melo, e Francisco Pereira de Sousa, fâmulo de Antônio Severiano Maciel da Costa. Francisco de Assis e Mello era sôgro de José Paulino de Queiroz Bastos e de Ismael Teixeira Bastos.Na época, o delito de homicídio, para a sua apuração, necessitava de man ifestação formal e expressa do (a) representante do falecido, o que coube à Sra Francisca dre Menezes Bastos, esposa de Neutel, assumir o frontispício da denúncia e da acusação, perante o Juiz Substituto de São Francisco, Dr. Nereu Gusmão, magistrado pernambucano que, aliás, casara com a itapajeense Hermínia Pinto Cavalcante, em le de dezembro de l896, filha de Raimundo Pinto Cavalcante e de Maria do Carmo Cavalcante. D. Francisca de Menezes Bastos, igualmente, denunciou ao ao Chefe de Polícia o desagradável evento em que seu companheiro perdeu a vida por meio de emboscada.Quando Neutel foi asssassinado, na ocasião, fazia-se acompanhar de seu mulher, D. Francisca, que fugiu, de uma filhinha de nome Júlia de 08 anos, que escapou, milagrosamente e de João Passarinho, seu escudeiro, que faleceu também na empreitada infernal e lamentável. Todos os envolvidos na cena dantesca foram pronunciados pelo então Juiz Dr. Álvaro Alencar Gurgel em l3 de junho de l899. A pronuncia dos Réus foi por violação do art. 294, CP da época, acrescido das qualificadoras de lugar ermo, premeditação, surprêsa, emboscada, ajuste, motivo frívolo,superioridade de força (art. 39 do CP) e mais crueldade (§ 2º,do art. 4l, CP).Foi pedida a condenação no máximo da pena, entretanto, para decepção da família e dos admiradores do Cel Neutel, os réus foram absolvidos na sessão plenária do júri, em 24 de agosto de l900. O vergonhoso Conselho de Sentença estava assim constituido: Joaquim Teixeira Primo, Roberto Ferreira de Araújo, José Teixeira Pinto, Virgílio Pinto, Jucundo Rodrigues Magalhães, Francisco de Mesquita Braga, Joaquim Raymundo Gomes, João Francisco Barreto, José Luiz de Araujo e Francisco Marques de Sales. O Tribunal foi presidido pelo juiz Francisco Joaquim da Rocha. Concluidos os debates os réus foram absolvidos por unanimidade. Lavrada a sentença os réus foram postos em liberdade pelo furriel (guarda do presídio) Manuel Severo da Silva. A defesa dos réis foi feita pelo líder político e deputado Martinhon Rodrigues, enquanto na acusação funcionou o Dr. Jacob Weyne Belino Barros. Meu livro "História Política de Itapajé, l849 a 2004 registra todo o processo da morte de Neutel, assim como a absolvição do inesquecível e exemplar Júlio pinheiro Bastos proferida liminarmente pelo Juiz Dr. Colombo Dantas Barcellar, juiz talentoso e imparcial com quem tive a honra de participar de suas conversas, sempre agradáveis e justas. Tudo isso está no Capítulo 'CRIMES QUE ABALARAM ITAPAJÉ".
- Acrescento, que depois de tudo isso que se viu, D. Francisca de Menezes Bastos, foi ainda condenada ao pagamento das custas do processo, face à improcedencia (?) da acusação."
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