Fontes
Anuário Genealógico Brasileiro - Vol.IX - 1947 - Pág.181
Edição da Revista Genealógica Brasileira
Salvador de Moya
Ministros da marinha: notas biographicas - Página 156
de Lucas Alexandre Boiteux - Brazil - 1933 |
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Antônio Carlos de Mariz e Barros
* Rio de Janeiro (RJ) 07.03.1835 + Forte de Itapirú (margem direita do rio Paraná, próximo à sua confluência com o rio Paraguai, no Paraguai) 28.03.1866 Pais
Casamentos Rio de Janeiro (RJ)
Filhos Notas Biográficas
- Foi um militar brasileiro que combateu e morreu na Guerra do Paraguai.
- Estudou inicialmente nos colégios dos Srs. Alphonse de Morcenq, Antônio Maria Barker, Francisco José Borges e também o Colégio de São Pedro de Alcantâra, todos nas imediações da Rua da Imperatriz, local onde nasceu, no centro da cidade do Rio de Janeiro.
- Seguindo o exemplo paterno, entrou para a Academia de Marinha e assentou praça de aspirante aos 14 de junho de 1849. Foi promovido guarda marinha em 1852; segundo-tenente em 1855 e primeiro-tenente em 1857. Sempre intrépito, foi ainda em aspirante elogiado pela atividade que desenvolveu em ocasião de um incêndio.
- Interinamente comandou o iate Paraibano, e efetivamente a canhoeira Campista e as corvetas Belmonte, Recife, e o encouraçado Tamandaré.
- Foi duas vezes a Europa, uma ao Pacífico, outra ao Cabo da Boa Esperança e ilha da Trindade. Fez uma viagem de instrução ao alto Amazonas e fez desta jornada um relatório considerado interessante.
- Acompanhou o Imperador Pedro II em sua viagem ao Norte e foi condecorado com o hábito da Ordem da Rosa. Foi condecorado também, com a cruz de cavaleiro da Legião de Honra pelo salvamento de uma barca francêsa que estava prestes a naufragar sobre as pedras da Fortaleza da Lage.
- Fato marcante de sua vida, foi o risco que correu quando lançou-se ao mar inteiramente vestido, para salvar uma escrava que se afogava na praia da Itapuca.
- Durante a Campanha do Paraguai comandou honrosamente em diversas excursões o encouraçado Tamandaré e no Passo da Pátria, foi ferido no joelho direito, por uma bomba do inimigo, atirada do forte de Itapirú, que entrando por uma portinhola, lhe atingiu dentro da casamata da embarcação. Sem que lhe ouvissem um gemido, arrancou com as próprias mãos a perna, que ficara presa a parte superior. Transferido para o vapor Onze de Junho, hospital de sangue da esquadra, onde foi cercado de atenções e desvelos pelo Almirante Tamandaré, e pelo Ministro Francisco Otaviano. Ali no dia 27 de março, teve amputada o resto da perna, ocasião em que recusou o alívio do clorofórmio, e ordenou que lhe cortassem a perna, e lhe dessem um charuto acesso, que fumou tranquilamente durante a amputação.
- A meia noite deste dia teve a convicção de que morreria, então recordou sua terra natal, sua esposa e filhos e mandou pelo médico que lhe assistia, o recado a seu pai: que ele "soube sempre honrar seu nome". Pouco depois, aos 20 minutos do dia seguinte, expirava.
- Na sessão de 16 de novembro de 1874, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em memória de um dos mais distintos oficiais da armada imperial, considerado herói da Guerra do Paraguai, trocou a denominação da Rua Nova do Imperador, no bairro de São Cristovão, para Rua Mariz e Barros.
- Ferido gravemente a bordo do couraçado Tamandaré, no bombardeio de Itapiru da guerra do Paraguai, falecendo no Hospital do Sangue.
Notas
- Faleceu como 1º Tenente da Marinha.
- Capitão-Tenente da Marinha
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