Tavares Festas Gorjão Henriques
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Francisco Gorjão Henriques da Cunha Coimbra
* Quinta da Freiria (Roliça) b. 04.10.1641 + Bombarral (Salvador) 18.11.1710
Pais
Mãe: D. Antónia Henriques * b. 02.12.1619
Casamentos
Lisboa (Anjos) 29.07.1674
Filhos
Notas Biográficas
  • Sucedeu na Casa de seus Pais.
  • 4.º morgado dos Cunhas Coimbras, do Bombarral, por sucessão do 3.º morgado, Manuel da Cunha Coimbra e Noronha, seu primo.
  • 5.º morgado da Quinta da Freiria (antigo Casal da Tiritana), Baleal e Turcifal, e na Capela do Espírito Santo da Roliça.
  • Tinha muitas outras propriedades, na Dagorda , Delgada, Lamarosa, S. Mamede, Atouguia (Serra d’El Rey, Casais Brancos, Casal da Benta, etc), etc .
  • Fidalgo Cavaleiro da Casa Real (Alvará de 28.9.1675)
  • Cavaleiro da Ordem de Cristo, em que professou no mesmo ano (22.3.1675).
  • Familiar do Santo Ofício (F.S.O. – 5.5.1682).
  • Juiz das Cisas de Óbidos.
  • Serviu no Presídio de Peniche durante doze anos (19.2.1684 a 20.6.1696).
  • Teve padrão de 108$ de tença. Teve outro padrão de 100 000 reis de tença (20.11.1698). Obteve em 5.5.1679 mercê do Príncipe D. Pedro [D. Pedro II] pelos serviços que «me fez na província do Alentejo e achando-se/ na campanha de seiscentos cinquenta e sete e na de seiscentos e setenta e dois assistir nas Cortes que se celebrarão por procurador da villa de Óbidos e nelas se haver/com zelo do bem comum e por sentença do Juiz das justificações/lhe pertencer a acção dos serviços que seu Pai fez por espaço/ de vinte e três anos com o posto de Capitão da ordenanças/ da Vila de Óbidos desde o ano de seiscentos e vinte/e cinco até o de seiscentos e quarenta e nove. E outrossim lhe tocar razão dos serviços que// Simão Dorta Ozorio obrou na província da Beira em praça de soldado de cavalo Capitão de Infantaria, Tenente da companhia do General da cavalaria, e Capitão de Cavalos ar/cabuzeiros desde dois de Maio de seiscentos sessenta// e dois até nove de Abril de seiscentos sessenta e seis no tempo de ferido se achar na tona do forte de Escallao e entradas que se fizeram em Castela no ano de seiscentos sessenta e três. Passar de socorro ao Alentejo e obrar como bom soldado no recontro de Gebe batalha do Ameixial, Recuperação da praça de Évora e do mesmo modo se haver na […] da praça de Alcantra, digo de Valença de Alcântara e Batalha de Montes Claros. No de seiscentos sessenta e cinco ir de socorro ao Minho e proceder muito como devia nos efeitos daquela campanha, sendo na de Montes Claros ferido de uma bala, no Rendimento das Vilas de (…) […]// […] com lustre […] e ser ferido de duas balas de que veio//a morrer na peleja de Umbrales. Em satisfação de um e outros serviços Hei por bem e me apraz de lhe fazer mercê além de outras que pelos mesmos respeitos lhe também fiz de cento e oito mil de tença efectivos para cumprimento dos cento e vinte mil que tem de promessa de pensão com o hábito, porquanto os doze mil reis que faltam se lhe passou deles padrão pela parte que toca para os ter com o dito hábito, os quais cento e oito mil reis de tença efectivos lhe serão assentados em um dos Almoxarifados do Reino (…) a vencer de trinta de Novembro do ano passado de seiscentos setenta e oito em diante (…)». Teve outra «mercê de cem mil reis de tença a título de Comenda da Ordem de Cristo, enquanto não entrasse nella por Alvará de 20.11.1697, pelos serviços de seu irmão Pedro Taveyra Henriques, da Índia», cujo texto se reproduz integralmente, pelo interesse que nele vemos:
  • «Houve (?) S. Magestade por bem tendo respeito ao dito Francisco Gorjão Henriques fidalgo da sua ca/sa, depois de despachado pelos primeiros serviços até o ano de 692, os continuar em /praça de soldado do presídio de Peniche por espaço de 12 anos, 4 meses e um dia/, de 19 de Fevereiro de 684 até 20 de Junho de 696; e a pertencer-lhe por sentença do juízo /das justificações (…) dos serviços de seu irmão Pedro Taveira Henriques obra/dos a princípio por alguns anos nas Armadas da Costa, e o mais tempo no es//tado da Índia desde o ano de 670 em que a ele passou até o de 682, por espaço de /13 anos e 3 meses, na praça de soldado, capitão de infantaria, e de mar e guerra /e de Almirante das Armadas do Estreito, e no referido tempo ir por capitão de //infantaria a Salcete, e depois assistir de guarnição na fortaleza da Agoada, e sendo no/meado capitão de Mar e Guerra embarcar de Armada para o Estreito, o ano de 672 acom//panhando o General D. António de Mello de Castro na viagem que fez ao porto de Meca, Mascate// e Congo, os anos de 673 e 674 tornar de Armada ao Estreito, Mascate e Congo, e na //queles portos se haver com muito cuidado e zelo no evitar os descaminhos dos direitos// reais das fazendas dos barcos mercantis costuma de (…) e havia de apresar um // barco de Sinde que importou mais de 150000 xarafi ns à Fazenda Real remeten//do-o a Goa com o dinheiro que havia rendido os direitos daquela Feitoria, e passando a Diu// em guarda da sua Costa, represar nela 3 barcos e havendo-se de maneira que nenhum dos // moradores recebeu moléstia alguma, fazendo à sua custa agoada, lenha e os mais/ gastos necessários para aprovisionamento da sua Nau e por impedimento do general governar a Ar/mada sendo encarregado da segurança e guarda dos portos secos dos Rios de Goa// e em 676 do aparelho de 2 fragatas para irem de Armada a Dio o que fez em 7 dias/ estando para ir nela ser mandado à Costa do Canarâ a impedir ao Arábio a carga// de Arros, e recolhendo-se a Goa andar em guarda daqueles Rios até se retirar das nos//sas terras o inimigo sevagi e no mesmo ano tornar a sair na Armada do Estreito que // foi ao Sula socorrer a Mombaça que se achava ameaçada e tendo-lhe metido munições// e gente ter notícia que o Rei Maçanacume fazia guerra à Ilha de Pombâ se ir meter/ nela com sua fragata e algumas embarcações ligeiras tomando-lhe os portos por on/de se metia a gente, e com a guerra que lhes fez a deixou sossegada e tributária ao Estado/ e por haver tomado um barco dos inimigos devertir (?) o intento que os Arábios tinham/ Em 78 ser encarregado da condução dos moradores de Cabo Delgado para com os seus //batéis, gente e mantimentos virem a Moçambique ao socorro necessário para a empresa/ de Patte (?) o que executou embarcando-se com o General D. N.º da Costa para Moçambique e che/gando a Patte (?) ser dos primeiros que saltou em terra donde saíu ferido com uma bala, e na/ entrada da praça ser encarregado de 6 companhias e fazer a sua obrigação sendo segunda vez// ferido na dita entrada em que mostrou o esforço com que se empregava e tornando a Mo//çambique ir por Almirante da Armada do Estreito e assistir ao apresto dos barcos e / provimento delleas e â curados enfermos e feridos com muito cuidado e despesa da sua fa/zenda, e sendo nomeado pelo Vice-Rei Francisco de Távora ir servir da capitania da Forta//leza de Mombaça por estar habilitado por servir as da Índia. O ano de 82 se em/barcar por soldado na Armada que saíu da barra de Barzaba a cargo do General D. N.º /da Costa para os Cabos de Rozalgatte (?) e nela proceder com o zelo e valor em tudo o que / ofereceu ocupando o posto de Capitão do fogo da Nau Capitania em que ia embar/cado; em satisfação de tudo: Há Magestade por bem fazer-lhe mercê de 100 lr de tença cada an/o de vida em que não entrar em comenda efectiva do mesmo Hábito da ordem de Cristo, de que /tem promessa, os quais 100lr de tença lhe serão ajuntados em um dos Almoxarifados do Reino em /que couberem sem prejuízo de terceiros e não houver proibição e pagos com certidão do ministro a cu/jo cargo estiver o despacho das mercês de como não é provido na dita comenda por haja de largar os ditos// 100 ml cujo vencimento deles de 4 de Setembro passado do presente ano até o dia do (…) na/ forma que S. Magestade for servido resolver na consulta que se lhe fez pelo Conselho da Fazenda esta mercê/ lhe faz com a cláusula geral na forma do decreto de 17 de Janeiro de 689. De que lhe foi passado /este padrão o qual foi feito a 20 de Novembro de 697».
  • Teve ainda, a 19.2.1674, tença de 20 000 reis por casar [o que sucedeu em Lisboa, Anjos, a 29.7.1674] com D. Ana Maria Osório de Lacerda.
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