- APELIDOS DE FAMÍLIA (ORIGENS E HERÁLDICA) -
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-ALMEIDA
História
  • Nome de família, usado a partir do segundo quartel do séc. XIII, provem da palavra árabe al-maidâ, que significa a mesa, o outeiro, terá entrado no nosso vocabulário pela via toponímica e mais precisamente, como nome de uma pequena aldeia ou quinta. Depressa evoluiu para antropónimo, ao associar-se ao nome do seu fundador ou primeiro proprietário .
  • A origem desta família é nos dada, pelas inquirições mandadas efectuar no reinado de D.Afonso III, no ano 1258, ficamos a saber que no tempo de seu irmão D.Sancho II, ou seja ,entre 1223 e 1245, um João Fernandes, “dito Almeida” ,naquele ano 1258 já falecido, havia comprado e ganho, de entre as herdades foreiras do rei no termo de Azurara da Beira (hoje concelho de Mangualde), uma herdade de cavalaria com alguns privilégios; e que fundara uma aldeia chamada Almeida, no meio daquelas terras foreiras, algumas das quais ainda hoje mantêm a mesma designação, tais como Cunha Alta, Freixiosa e Mesquitela.
  • Pelo mesmo documento se sabe que o dito João Fernandes era filho de Fernão Canelas ,que no tempo de D.Sancho I comprara uma outra Quinta chamada do Pinheiro , também em Azurara, a qual passou por herança a João Fernandes de Almeida e aos filhos deste. Trinta anos depois, nas Inquirições de 1288, ainda a quinta de Almeida era dada como pertença dos filhos de João Fernandes (“filhos d àlgo”), que traziam por herança e “per onrra”. Pelas Inquirições de 1258, ficamos a saber ainda que não eram originários de Azurara da Beira os mais recuados representantes desta linhagem, pois tanto Fernão Canelas como o filho “compraram” ou “ganharam” as referidas herdades e que antes não tinham nesses lugares “qualquer herança de pai, de avô ou da parte de esposa”, pelo que terão vindo de fora, de algum outro concelho beirão, não sendo de excluir mesmo a vila de Almeida.
  • O grande genealogista Braamcamp Freire, no se livro Brasões da sala de Sintra, no capitulo dedicado aos Almeida ,chama a atenção para o facto de os antigos moradores de Azurara em atribuir aos de fora as honras de cavaleiros através da concessão de algum bem de raiz e reparou ainda na semelhança das armas dos Almeida com a dos Melo(a vila de Melo não fica longe), admitindo inclusivamente que as famílias possam ter tido alguma origem comum.
  • Continuaram os Almeidas vivendo nos seus solares da Beira formando diferentes ramos, de destacar entre muitos um ramo de Almeidas que teve desde cedo uma ascensão notável, foram senhores, alcaides-mores e , mais tarde condes de Abrantes, a estes pertenceu D.Francisco de Almeida, o primeiro Vice Rei da Índia. Os Almeidas mereceram ser glosados por Camões, graças aos feitos daquele vice rei e de seu filho , que ficaram perpetuados como “os Almeidas por quem o Tejo chora”.
Armas
  • De vermelho, uma dobre-cruz acompanhada de seis besantes, tudo de ouro, com bordadura do mesmo.
  • Timbre: uma águia estendida de negro, carregada de nove besantes de ouro, três no peito e rês em cada asa, ou de vermelho também carregada de nove besantes de ouro.
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