Genealogia de VICTOR RAMOS
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Fontes
Carcavelos. Título LXXX, RAMOS.
GIT - Vol. VII, pr. 807
VJPR
Alexandre Martins Pamplona Ramos
* * Santa Cruz, Praia da Victória, ilha Terceira b. 06.06.1865 + +Rua de São João, N.º 68 Sé, Angra do Heroísmo d. 04.02.1933
Pais
Filhos
Notas Biográficas
  • Médico-cirúrgico pela Escola de Medicina de Lisboa; médico municipal e do hospital da vila da Praia da Victoria.
  • GIT:
  • Chefe do Partido Regenerador na Praia da Vitória, passando depois ao Progressista, e finalmente ao Partido da União Republicana de Brito Camacho, após a proclamação da república. Foi subdelegado de Saúde na Praia da Vitória e governador civil de Angra do Heroísmo (21.3.1915-19.9.1925).
  • Cavaleiro da Ordem de Santiago da Espada (22.7.1901). A Câmara Municipal da Praia atribuiu o seu nome a uma rua da Vila, sendo afixada a placa no dia 31.12.1909.
  • Por ocasião da sua morte, o diário «A União», publicou uma notícia necrológica, de que se extracta: «Médico distintíssimo que toda a cidade admirava e respeitava, pois durante a sua longa carreira profissional, prestou inumeráveis benefícios à pobreza que carinhosamente tratou nas horas amargas, em que a doença visitava os seus lares desprovidos de todos os recursos. Mais ainda: o Dr. Ramos aliava ao carinho com que acorria ao chamado dos seus doentes pobres, uma generosidade extrema que tornou o seu nome benquisto de todos.
  • Como médico, honrou notavelmente a nobre profissão que seguiu. Distinguiu-se desde os tempos de estudante da Escola Médico Cirúrgica de Lisboa, salientando-se sempre pelo brilhantismo dos seus trabalhos, especialmente na sua valiosa tese Hemoglobinuria Proxystica á Frigore.
  • Foi utilíssima a sua acção no combate à terrível epidemia da peste que intensamente se desenvolveu nesta ilha, na primeira década do século em que vivemos.
  • Conquistou então, muito justamente, a fama de pestólogo eminente, um dos primeiros, se não o primeiro, do País.
  • Aos 35 anos começou o Dr. Ramos a dedicar-se à política, indo chefiar um importante partido na Praia da Victoria onde, durante largos anos, dispoz em absoluto da situação, obtendo sempre das urnas do voto, por assim dizer, unanimidade do eleitorado».
  • Borges Pinheiro escreveu em «O Distrito». «O grande médico, o mais extraordinário político terceirense do primeiro quartel do actual século, o excelente benemérito que jamais foi «comendador», esse Hommem que teve o imperdoável defeito de não ter sabido enriquecer, morrendo pobre de bens materiais, mas bendito dos que protegeu, deu cura, melhoras, esmolas, empregos, situações, e foram milhares, mesmo incluido os ingratos e esquecidos embora os mais beneficiados (...) (Ntª 14: Sobre a personalidade eminente do Dr. Alexandre Ramos, veja-se o capítulo «Dr. Alexandre Ramos, de Francisco Lourenço Valadão Jr., Evocando Figuras Terceirenses, Angra do Heroísmo, Tip. Lounet, 1964, p. 17-21.
  • Faleceu de ataque cardíaco no patamar superior das escadas de sua residência na Rua de S. João, 69. Percebeu a sua morte, se tinha despedido dos amigos, «dizendo: Se acreditam na ressurreição do homem, lá nos encontraremos» com quem esteve de conversa. Encontrou uma pedinte a quem lhe dava esmola sempre que a via, e disse-lhe: vou dar-te todo o dinheiro que tenho; a pobre ficou toda contente, mas só recebeu um escudo e cinquenta centavos. Eram os seus bens monetários.
Notas
  • B. nos Biscoitos
  • Nt.ª 12; 13; 14:
  • Angra, 6.2.1933, n.º 11401. Ver também de gervásio Lima, Na morte do doutor Alexandre Ramos, «A Inião», 6.2.1933.
  • Edição n.º 11 de 18.6.1950.
  • Sobre a personalidade eminente do Dr. Alexandre Ramos, veja-se o capítulo «Dr. Alexandre Ramos», de Francisco Lourença Valadão Jr., Evocando Figuras Terceirenses, Angra do Heroísmo, Tip. Lounet, 1964, p. 17-21.
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