BORGES E ROCHA
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Fontes
Brasões e Escudos - Http://www.houseofnames.com/
Brasões e Escudos - http://www.araldis.com/
Genealogia Portuguesa - http://www.geneall.net/site/home.php
http://familia.borgesesilva.googlepages.com/borges_brasao_historia.html
DFP (Dicionário das Famílias Portuguesas), págs. 106/107, D. Luiz de Lancastre e Távora, Quetzal Editores, 2ª Edição, Lisboa.
Site do Arquivo Nacional (www.arquivonacional.gov.br)
A maioria das informações abaixo, são de autoria do Ilustre cidadão português, VASCO JÁCOME.
BORGES
História
  • Em 911 d.C. Rollo, "O Viking" (860-932), também conhecido por "Richard of Normandy" (Ricardo da Dinamarca), um conquistador escandinavo, após conquistar a França e sediado em Paris, criou o título "Duke of Normandy". Quase todos os Reis da Inglaterra possuíam esse título e hoje pertence a Elisabeth II, Rainha da Inglaterra.
  • 1066 foi um ano notável. A Inglaterra teve 3 reis. Edward, "The Confessor", morreu em janeiro de 1066, com 61 anos e não teve filhos. Não havia um herdeiro direto ao trono.
  • Os 3 maiores pretendentes eram:
  • Duke William of Normandy (Dinamarca), descedente direto de Rollo, primo de Edward, a quem tinha sido prometido o reino em 1051;
  • Harold Godvinson, primo-irmão da esposa de Edward e filho de Earl Godvinson, o nobre mais poderoso da Inglaterra; e,
  • Harald Hardrada, viking ruthless, Rei da Dinamarca, impopular, mas poderoso, descendente do Rei Canute da Inglaterra - 1016 a 1032.
  • Harold controlou o Vitan (Conselho de Líderes Ingleses que validava a coroação) e sustentou a maioria sendo coroado Rei Harold II. Seu reinado não era seguro. Os outros pretendentes estavam furiosos. Harald Hardrada juntou-se com o Earl Tostig, irmão de Harold Godvinson e conquistou a Northumbria (parte norte da Inglaterra).
  • William invadiu a parte costeira ao Sul.
  • Harold defendeu o seu reino e concentrou seu ataque aos vikings, derrotando uma frota de mais de 300 navios.
  • Willian também avançou e construiu um forte em Hastings (próximo a Londres). Harold caminhou do norte ao sul com suas tropas. Fez a proeza de avançar 250 milhas em 9 dias. Instalou-se no alto do monte Senlac. As duas forças eram equivalentes.
  • Em 14 de outubro de 1066, o rei Harold II morreu na célebre batalha de Hastings e é coroado o Rei William "O conquistador". Mandou construir ali uma abadia. Um cidade cresceu ao seu redor, e, atualmente ela pode ser visitada. Nesse período profundas mudanças ocorreram na Inglaterra.
  • Para defender os territórios construiu castelos e nomeou barões normandos e outros nobres para auxiliá-lo, nascia o feudalismo. Mantinha os barões felizes para tê-los sempre aliados e combatia as repressões. Para manter os exércitos ativos foram criados embates para os cavaleiros. Os homens eram livres mas prestava serviços aos seus lordes que lhes pagavam aluguéis. Houve muita migração de famílias dentro da própria Inglaterra.
  • A família de BORGES viveu em Sussex, local por onde permaneceram as tropas de William antes de entrar em Londres para ser coroado. Os Borges eram descendentes da linhagem dos Barões BURGHERSH que também se transformaram em BURWASH, também neste condado.
  • Uma linha remanesceu na Normandia, como Simon de BORGEIS (registro de 1195), mas que era originária de BOURGEOIS, em Picardy na França. Linha essa que foi extinta em 1369.
  • CONFRONTOS COM OS PESQUISADORES:
  • A maioria dos pesquisadores asseguram que a família BORGES se originou em RODRIGO ANES, cavaleiro português que, estando na França, combateu sob o comando do Rei Filipe Augusto. Por ter se ilustrado com feitos valorosos ganhou a estima deste soberano, que lhe enviou para a cidade de Bourges, visando socorrê-la, uma vez que se encontrava cercada pelos exércitos dos cátaros.
  • Tendo desempenhado com valentia essa missão, ficou conhecido pela designação de “Chevalier de Bourges” (Cavalheiro de Bourges). Regressando a Portugal, Rodrigo Anes estabeleceu-se em Trás-os-Montes, em Torre de Moncorvo e viu o seu feito ser transformado em BORGES.
  • Surgiram alguns que afirmaram que tudo isto era uma lenda e o apelido BORGES era uma deturpação do nome espanhol de Borja. Porém, sem informar os antepassados.
  • O livro “GENEOLOGIA PAULISTANA”, na página 511, afirma o que segue sobre o nome BORGES: “Teve início esta família em SIMÃO BORGES DE CERQUEIRA, natural de Mesanfrio, Portugal, moco da Câmara do Rei Dom Henrique, filho de BELCHIOR BORGES CERQUEIRA, o qual em São Paulo, se casou com Leonor Leme, filha de Fernão Dias Paes e de Lucréia Leme. Ocupou em São Paulo, o cargo de Tabelião e de escrivão de orfãos, desde os últimos anos do século XVI até 1622.
  • Faleceu em São Paulo em 1623 e teve 8 filhos.
  • "Gonçalo Annes, 11º avô de Simão Borges de Cerqueira, foi o progenitor dos Borges e pertenceu a linhagem dos regos, muito ilustre em Portugal. Tendo passado a Franca no reinado de Felipe II, o Augusto, este o mandou a socorrer a praça de "Bourges" na província de Berry, que então se achava sob o domínio de armas inimigas. E tão bem fortificada, que parecia inexpugnável.
  • Entretanto, Gonçalo Annes, a frente das tropas sob seu comando, não só tomou a praça, como desbaratou o inimigo. Por isso, foi armado cavaleiro pelo dito rei que lhe deu um brazão de armas alusivo ao feito, com apelido de BOURGES, que, quando Gonçalo voltou para Portugal, foi corrompido pela pronúncia portuguesa em BORGES. Gonçalo Annes de Bourges fez assento em Portugal na torre de Moncorvo e casou-se com Gracia Mendes, de quem deixou grande descendência. A partir do ano de 1764, através de Antonio Borges Vieira, natural de Lisboa e que residiu em Laguna/SC, o qual teve um filho com sua esposa Teresa Rodrigues, chamado Antonio, também começou a colonização do Rio Grande do Sul.”.
  • A Rede Globo de Televisão, na série “A Casa das Sete Mulheres” noticiou as guerras e conquistas por terras, na época pertencentes ao Uruguai e Argentina, até a formação total do Rio Grande do Sul. Dentre os partícipes desses confrontos, destacou a FAMÍLIA BORGES VIEIRA e Rodrigues de Jesus.
  • De todos os pesquisadores, Dr. Manuel Abranches Soveral, no seu livro “Ascendência Visienses”, Volume II, com início na página 343, foi quem conseguiu comprovar que (1) GONÇALO ANES BORGES, senhor da terra de Alva (Castro Daire – Viseu), onde teria vivido, e de Calvos, em Guimarães, da portagem do Arco de Baúlhe e de Ourilhe, em Basto. Por volta de 1320 apareceu entre os cavaleiros e escudeiros de geração, na lista dos naturais de Grijó de 1366. Era filho de JOÃO VAZ BORGES, neto de VASCO GONÇALVES BORGES, vassalo de Dom Dinis e Dom Afonso IV; bisneto de GONÇALO ANES BORGES, vassalo de Dom Sancho II e Dom Afonso III, e de sua mulher Maria (Pais) de Azevedo, que herdou as honras de Calvos, do Arco de Baúlhe e de Ourilhe; trineto de JOÃO RODRIGUES BORGES, senhor da terra de Alva, que nasceu em Santarém cerca de 1160 e faleceu em 1211.
  • A mulher de JOÃO GONÇALVES BORGES, por nome de CATARINA LOPES, foi sepultada no Mosteiro de São Domingos de Santarém, tão logo fundado em 1.211, num túmulo, logo na entrada com os seguintes dizerem: “Esta sepultura é da mui virtuosa Caterina Lopes mulher que foi de João Rodrigues Borges que foi senhor da terra de Alva. Faleceu em Maio de 1220”.
  • Este João Rodrigues era filho de RODRIGO ANES, cavaleiro da Torre de Moncorvo que (note que aqui é chamado de RODRIGO), segundo a opinião da generalidade dos genealogistas, serviu o rei de França Filipe II, entre 1.180 e 1.223, onde se celebrizou como “chevalier de Bourges”, ao derrotar as tropas infiéis a este soberano, defender a cidade de Bourges e causar mais de sete mil mortos ao inimigo. Por este ato heróico, RODRIGO ANES passou a usar o nome BORGES (BOURGES = BORGES) e acrescentado ao seu escudo a bordadura semeada de flores de lis. O GONÇALO VASQUES BORGES, em epígrafe em 1349 com Catarina Vasques de Góis (que as genealogias dizem filha de Pedro Vasques de Góis – “o Pedra Alçada”), e neta de Álvaro Vasques de Góis, fidalgo e escrivão da puridade de Dom Pedro I e Dom Fernando, a quem este rei deu o senhorio de Pedra Alçada, com as suas quintãs de Pedra Alçada e Jacarabotão e doou o castelo de Serpa, e de sua mulher Violantes Lopes de Albergaria (filha de Lopo Soares de Albergaria e sua mulher Mécia Rodrigues de Vasconcellos), referidos em CUNHA.
  • Todavia, a cronologia não bate e pode-se afirmar que Catarina Vasques de Góis era, na verdade, irmã do Álvaro Vasques de Góis, que as genealogias lhe dão por avô.
  • Foi traçado pelo autor acima referido, a descendência de (1) GONÇALO ANES BORGES, nos termos que segue:
  • (1.1)-JOÃO GONÇALVES BORGES;
  • (1.2)-GONÇALO GONÇALVES BORGES;
  • (1.3)-JOÃO GONÇALVES BORGES;
  • (1.4)-ÁLVARO GONÇALVES BORGES;
  • (1.5)-VASCO GONÇALVES BORGES;
  • (1.6)-GIL GONÇALVES BORGES;
  • (1.7)-DIOGO GONÇALVES BORGES.
  • Este último, DIOGO GONÇALVES BORGES, por volta de 1380, foi legitimado pela carta real de Dom Fernando. Dom João I doou-lhe os senhorios de Ourilhe, Calvos e a portagem do Arco de Baúlhe, em sucessão a seu pai.
  • Por testamento datado de 27/01/1470, instituiu com sua mulher Maria Lourenço o morgado de Mendel, em que nomearam administrador seu filho (1.7.1) GOMES BORGES, com escritura de declaração e adição de constituição de morgado em 29/10/1478, instrumento de codicilio de 11/06/1479 e instrumento de revogação de 30/10/1479. Ambos já haviam falecidos e ele já centenário, em 14/02/1480, Dom Afonso V confirmou a instituição do morgado a GOMES BORGES, cavaleiro e fidalgo da sua Casa e escrivão da Chancelaria da corte, por morte de seus pais DIOGO GONÇALVES BORGES e MARIA LOURENÇO. Isso, apesar de não terem sido feitas inquirições, mediante determinadas condições e sem prejuízo de outros herdeiros legítimos.
  • DIOGO GONÇALVES BORGES e MARIA LOURENÇO,
  • que as genealogias dizem filha de Pedro Lourenço de Castro, mas não obviamente o Pedro Lourenço que é o sogro de duas suas netas, mas sim seu avô homônimo, que parece era natural da Galiza. Esta Maria Lourenço seria portanto irmã de Vasco Lourenço de Castro, filho de Pedro Lourenço, o Velho e pai de Pedro Lourenço o Novo.
  • (1.7.2) FERNÃO BORGES, alcaide-mor de Barcelos, casou-se com Catarina Alvares, segundo Gaio.
  • (1.7.2.1.) BRANCA BORGES, casou com seu primo, PEDRO VAZ DE CASTRO, n. em Torre de Moncorvo, irmão de Gil de Castro (que era genro de 1.7.1. Gomes Borges), filho de Pedro Lourenço de Castro, que viveu em Torre de Moncorvo, onde foi meirinho de Dom João I, e de sua mulher D. Beatriz de Menezes, de Cantanhede, neto de Vasco Lourenço de Castro e bisneto de Pedro Lourenço de Castro, natural da Galiza.
  • (1.7.2.2) DIOGO BORGES, abade de Cortiços, em 1471 foi testemunha da doação de Cortiços e Cernedela que Gomes Borges faz a seu genro.
  • (2) JOÃO GONÇALVES BORGES, nasceu em 1.350 e faleceu em 1.432. Foi senhor da vila de Alva (Castro Daire), onde viveu e senhor de Gestaço (Amarante), de Carvalhais (Mesão Frio), Ferreiros (Tondela), do reguengo de Quintela (Moita) e dos padroados das igrejas de S. Martinho de Alva, Santa Maria de Papião e S. Miguel de Mamouros, todas em Castro Daire, bem como do jantar do couto de Stª Eulália de Rio de Anes, em Viseu. Sucedeu ainda na honra de Calvos. Casou-se com Senhorinha do Rego Borges.
  • (2.1) GONÇALO ANES BORGES, nasceu em 1375, foi senhor de Gestaço e do jantar do couto de Santa Eulália. Faleceu antes do seu pai, foi casado com MARGARIDA RODRIGUES e tiveram um filho natural, segundo informou GAIO. Entretanto, não foi encontrado registro do mesmo.
  • (2.1.1) DIOGO BORGES, foi comendador de Torrão na Ordem de Santiago, cavaleiro e “criado” do rei, que teria sucedido o seu avô, sendo certo que foi senhor das terras de Alva, Reriz, Gestaçô e Penajoia e do jantar do couto de Santa Eulália de Rio de Asnes, em Viseu, onde viveu. Tudo teve a confirmação de Dom Duarte, em 14/11/1432. Quer os senhorios quer o dito jantar são ainda confirmados em 18/01/1439, por Dom Afonso V. DIOGO BORGES nasceu em 1396 e faleceu em 1442.
  • Em 15/11/1442, Dom Afonso V doou aquele jantar (Santa Eulália), que fora de DIOGO BORGES, a Mécia Vaz do Amaral (casado antes de 1423 com D. Genevora de Andrade, conforme relata FREIRE DE ANDRADE, nº 2). Por conta disso, a filha de Rui Freire e mulher de DIOGO BORGES (que foi comendador do Torrão na Ordem de Santiago), recebeu em 23/04/1443 de Dom Afonso V, uma tença anual de 20.000 reais de parat, até ao montante de 2.000 coroas de ouro que havia por dote de casamento e arras, ficando para seu cunhado D. Fernando de Menezes as terras de Gestaçô e Penajoia, com todas as rendas e direitos, tudo isto confirmando uma carta de Dom João I, de 12/10/1425.
  • DIOGO BORGES não teve filhos, tendo desistido dos seus direitos de senhorio em favor de seu tio Rui Borges.
  • (2.2) RUI BORGES;
  • (2.3) DUARTE BORGES;
  • (2.4) GUIOMAR BORGES;
  • (3) RUI BORGES: é o que consta no site http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=12540
  • Todo o relato acima teve como base as fontes já citadas, notadamente, as transcrições da obra de F. Canedo, compatibilizadas com F. Gayo e Allão de Moraes, além da análise detida de MANUEL MARIA MAGALHÃES.
  • Comentam alguns genealogistas que DIOGO GONÇALVES BORGES, tinha por mãe Maria Rodrigues, uma mulher solteira e que foi legitimado em 23/03/1374 (nesse sentido, NFP, vol. III, pág. 96). Sucedeu na casa de seu pai e foi senhor da Torre de Moncorvo.
  • Senhorinha do Rego Borges, anteriormente mencionado, casou-se 1440 com o espanhol, da região da Galiza, João Lousada de Ledesma e tiveram cinco filhos (Gaspar Borges Lousada de Mansilha, Violante Borges, Inês Borges, Baltazar Borges e Gonçalo), como consta no informativo sobre Famílias Portuguesas, Vol. VI, págs. 480/539.
  • Gaspar Borges Lousada de Mansilha, casou-se em 1475 com Teresa Gomes Rebelo e tiveram seis filhos (Gonçalo Borges Mansilhas, Domingos, BELCHIOR BORGES DE SOUZA LOUSADA, Paschoal, Baltazar e ISABEL MOUSINHO). Alguns afirmam que Gaspar teve um segundo casamento, gerando mais três filhos.
  • BELCHIOR BORGES DE SOUSA LOUSADAS, casou-se pela primeira vez em 1525, com Felícitas de Cerqueira Martins e tiveram sete filhos (Domingos, Francisco, Simão, Diogo, Nicolau, Isabel e, vejam só, GONÇALO BORGES).
  • ISABEL MOUSINHO, por sua vez, casou-se com SEU PRIMO GONÇALO BORGES, EM 1525. Entretanto, não tiveram filhos.
  • O Gonçalo Borges, que não tivera filhos com sua prima Isabel Mousinho, casou-se novamente com PAULA LEITÃO, em 1545 e tiveram quatro filhos (Fernão Borges, Manuel Lousada, Felícia e JOÃO BORGES).
  • Esse JOÃO BORGES veio para o Brasil. Os registros que encontramos dão conta que veio sozinho e declarou ser negociante. São dois os documentos, porém, não oficiais. Em um, se declarou JOÃO BORGES. Em outro, em curto espaço de tempo e tratando-se da mesma pessoa, se apresentou como JOÃO BORGES DA SILVA.
  • Sabemos que JOÃO BORGES DA SILVA tivera vários filhos. Nas certidões de nascimentos dos seus mesmos encontramos como pai JOÃO BORGES DA SILVA e em outras certidões (de outros filhos), apenas o nome JOÃO BORGES.
  • Encontramos, ainda, um Processo Criminal com o Código de Referência nº BR NA, PCR.16.72, visando apurar responsabilidade pelo delito previsto no Código Penal, cometido por JOAQUIM BORGES DA SILVA e por Arlindo Basílio Magno (ambos réus no processo).
  • Estamos na busca de documentos mais consistentes, para fazer a ligação entre todos os acima mencionados, com aqueles que já notórios (recentes).
  • Salvador, 06 de fevereiro de 2009.
Armas
  • De vermelho, um leão de ouro, armado e lampassado de azul; bordadura de azul, semeada de flores-de-lis de ouro.
  • Timbre: o leão do escudo.
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