Uma Família Sampayo - Apontamentos de Jorge de Faria Machado Vieira de Sampayo, acrescentados por João Manuel Sampayo e por António Maria Sampayo Fevereiro
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João António da Silva Rebelo
* Fundão, Alpedrinha 17.03.1769
Pais
Pai: Luís José da Silva * 28.08.1735
Casamentos
Lisboa, São Sebastião da Pedreira, Foram testemunhas: Gonçalo José Vaz de Carvalho e José Inácio de Mendonça Furtado 10.01.1814
Filhos
Notas Biográficas
  • "Senhor de uma quinta e de bens em Alpedrinha, onde exerceu os primeiros cargos, designadamente, o de Provedor da Misericórdia, em 1806 e 1809...
  • Alpedrinha foi das terras do país mais duramente experimentadas pelas invasões francesas. A 5 de Julho de 1808, o General Loison, entrou naquela vila, onde as suas tropas, das 6 para as 7 horas da tarde, cometeram as maiores atrocidades, incendiando, roubando e saqueando a vila, e assassinando trinta e uma pessoas. Entre as casas queimadas, naquela tarde, conta-se a de João António da Silva Rebello que, então, perdeu o mais precioso que possuía... Teve João António da Silva Rebello a sorte de escapar das mãos dos inimigos, tendo, posteriormente, oferecido tudo da sua arruinada casa para as despesas do Exército restaurador...
  • Em 1810, quando o exército francês, antes da batalha do Buçaco, ocupou a maior parte de Castelo Branco, novos prejuízos e incómodos sofreu, tendo de abandonar toda a sua casa e emigrar para Lisboa, onde residiu até Agosto de 1811, época em que regressou ao seu domicílio, depois da retirada do exército do General Massena.
  • A 9 de Abril de 1812, foi preso pelos soldados franceses que, depois de tudo lhe tirarem, o conduziram quase nu a pontapés e bofetões, pretendendo, por vezes, matá-lo, na presença do General Foy; ali ouviu uma sentença de fuzilamento se não entregasse o cura da localidade, o Padre José António da Cruz Lopes e Azevedo, acusado de ter morto um oficial francês e de se ter refugiado na quinta de João António da Silva Rebello, "de sorte que lhe foi preciso mostrar que crimes alheios lhe não podiam ser imputados".
  • E por esta ocasião lhe mataram um tio, irmão inteiro de sua mãe, o capitão José Joaquim Rebello de Abreu, que casara em Alpedrinha a 30 de Junho de 1766 com D. Luiza Caetana Furtado de Mendonça, irmã do referido Dr. Paulino Furtado de Mendonça, casado, também naquela data, com uma irmã daquele capitão.
  • Em Maio do mesmo ano de 1812, e por auxílio do Marechal Beresford, tornou João António da Silva Rebello a emigrar para a capital, onde casou e estabeleceu a sua casa.
  • Decorridos alguns anos, a revolução de 1820, que a 24 de Agosto, rebentou no Porto, inaugura em Portugal, o primeiro período de constitucionalismo, a que a Vilafrancada pôs termo, em fins de Maio de 1823.
  • João António da Silva Rebello, fiel à tradição e ao seu Rei, mostra-se abertamente contrário às novas instituições políticas. Miguelista convicto, mantém durante as lutas liberais a sua fidelidade aos princípios tradicionalistas. E quando D. Miguel se viu obrigado a aceitar a Convenção de Évora-Monte e a abandonar o trono, João António da Silva Rebello aconselha seu filho a não aceitar no exército vencedor o posto que no vencido tinha (tenente), e que aquela Convenção lhe permitia conservar. "
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