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Maria de Távora e Vasconcelos
História
  • http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=303834

    Está na B.D. casada com N. Freire Correia e mãe de três filhos mas apenas por um, o Pe. Francisco Correia, há descendência conhecida na actualidade.
    Aquele padre, clérigo de missa do hábito de S. Pedro, tem como fonte na Geneall TFS, isto é “História de Três Famílias Saloias” do dr. Nuno Canas Mendes. Mas TFS não tem os pais do Pe. Francisco Correia, embora tenha pistas: era de família com foro de fidalguia, irmão do alferes Manuel Freire Correia e parente de Caetano de Andrade, criado de S.M. e tesoureiro-geral do Tabaco. Também, por dados dos paroquiais se deduz a família incluída: o filho, também padre, António Freire Correia e uma irmã, Ana Luísa (no Geneall com os improváveis apelidos Freire Correia) casada com António Teixeira Pinto e pais de Joana (no Geneall com os improváveis apelidos Teixeira Pinto) e, claro, a filha que traz a descendência conhecida até à actualidade, Teresa Correia da Gama.

    Por circunstâncias várias perdi a possibilidade de recriar as fontes que me davam este Pe. Francisco Correia como filho de António Freire Correia e de sua mulher Ana Gomes mas, como é óbvio, nenhum erro de cópia por muito jovem e inexperiente que eu então fosse, confundiria uma Maria de Távora e Vasconcelos com uma Ana Gomes. Por outro lado, a minha perdida fonte quase certamente encontrou algo nos paroquiais, sendo essa a mais natural explicação para ter conseguido pais - e não mais do que isso - sabendo assim que o pai do Pe. Francisco Correia, era António, o que será ignorado pela também ignorada fonte de Geneall.

    Esta gente teria alguma prosápia e a Teresa Correia da Gama casou com um alferes Gabriel Rodrigues Centeio proprietário de algumas fazendas de cujo rendimento vivia. Na descendência tenderam a utilizar apelidos compostos de Gonçalves, Carvalho, Sena e Melo, os três primeiros adquiridos em casamentos, o último de ignorada origem mas possivelmente de uma avó fim-de-linha que aparece apenas como Maria das Virtudes.
    Esquecidos ficaram Rodrigues, Centeio, o Sousa e também Correia e Gama. Os primeiros enquadram-se num padrão eufónico-social, os últimos num padrão comportamental-social. Ou seja, os primeiros denotavam origens populares, os últimos lembravam a mancebia do Padre.

    De qualquer forma, pelos apelidos que usou Teresa Correia da Gama, esperava-se encontrar, além do Correia paterno, um Gama paterno ou materno; e, se fosse paterno, isso denotaria que, muito provavelmente, não haveria apelidos que importasse preservar no lado materno.
    Ora não encontro o apelido Gama em nenhum costado de Maria de Távora e Vasconcelos e por outro lado, dando o benefício da dúvida ao Távora pelo ocorrido em tempos d’el Rei D. José e do seu ministro Sebastião, acho muitíssimo improvável que ninguém da descendência repescasse o ilustríssimo Vasconcelos.

    Acontece também que a Maria de Távora e Vasconcelos tem costados interessantes, Esmeraldo e Mendes de Vasconcelos, além da inevitável linha de Madragana e el-Rei D. Afonso III.
    São dados circunstanciais ilidíveis com alguma fonte documental ou mesmo alguma descendência mais, do lado Teixeira Pinto, que tivesse efectivamente usado Távora ou Vasconcelos; mas, pelo que acima ficou, estou inclinado a tratar-se apenas de mais uma falsificação para aquisição da tão almejada bolinha azul.

    Hipóteses de confirmar ou infirmar documentalmente ainda existirão:
    - Nos índices da TT existe registo do testamento do Pe. Francisco Correia mas o Livro respectivo desapareceu do Arquivo. Não é de todo de excluir que esteja apenas mal arquivado e um dia reapareça.
    - Não foram encontrados em Lisboa, onde seria muito mais provável, as inquirições “de genere” dos padres António Freire Correia e Francisco Correia mas não será impossível que tenham sido organizadas noutro lado, sobretudo porque o primeiro terá sido cura da Granja.
    - O Pe. Francisco Correia seria abastado e Teresa Correia da Gama, filha perfilhada, recebeu bom dote. Não será assim impossível que num qualquer cartório notarial se venha a encontrar escritura esclarecedora.

    Em 25 de Novembro de 2010
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