"16 apontamentos" - Última inclusão: ITA DE METZ (Séc. XI)
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Fontes
a) Extractos do I.G.I. Consultáveis em www.familysearch.org;
b) Microfilmes disponibilizados pela LDS lidos no F.H.C. em San Diego, California pela investigadora Jane Neumann Lowrey;
c) Consultas nos Arquivos de Unna e Central de Bielefeld, efectuadas pelo investigador Klaus Mendler, de Krefeld;
d) Projecto piloto da LDS consultável em www.pilot.familysearch.org
A difícil trisavó Friederike
História
  • FRIEDERIKE LUISE HERBRECHT (1805-1874)

  • Parte I

  • UMA PESQUISA ATRIBULADA

  • Desde sempre que tinha conhecimento de que o meu trisavô, Carl Theodor Liebermeister (1809-1870) comerciante em Unna, Prússia, tinha casado em 1833 com Friederike Luise Herbrecht. Dos Liebermeister, tinha a ascendência até finais do séc. XVI e descendência muitissimo desenvolvida por todas as linhas agnáticas, mas desconhecia os pais de Friederike.

  • Há anos, um remotíssimo parente, o dr. Ulrich Liebermeister, físico de profissão e genealogista amador, ofereceu-me os pais de Friederike que seriam (Johann) Diederich Herbrecht e Clara Sophia Fuhrmann, informação que lhe fôra fornecida por Herr Willy Timm, arquivista-chefe (Stadtarchivar) da cidade de Unna. Willy Timm tem trabalhos publicados em revistas especializadas, fazia conferências, etc.. Em princípio não podia desejar melhor.

  • Quando os Mormons puseram extractos do IGI on-line, encontrei o casamento Liebermeister/Herbrecht e 8 filhos do casal Herbrecht/Fuhrmann mas a única filha com nome parecido, era uma Sophia Friederika Wilhelmina, de 1809. Fiquei desconfiado pois se é costume local o baptismo com 3 ou 4 nomes próprios, o casamento com 2 e o óbito com um, e também vulgar trocas de ordem dos nomes ao longo da vida, já não é nada vulgar que apareça um novo nome no casamento. Isto é, o desaparecimento de Sophia e Wilhelmina seria natural mas a substituição por Luise era muitíssimo suspeita (1).

  • Por imposição dos arquivos alemães, os microfilmes dos Mórmons podem ir para os EUA mas não para a Europa e por isso, acabei por contratar os serviços de uma investigadora de San Diego, na Califórnia. Entretanto, recorrendo aos extractos, eu coleccionara todos os Herbrecht de Unna que estavam on-line e já me apercebera de que 80% tinham Diederich no nome; que, ao arrepio do que seria lógico, um Johann Diederich e um Heinrich Diederich, irmãos, apareciam identificados apenas como Diederich em alguns nascimentos de filhos; que um Bernhard Diederich também é Diederich Bernhard quando não é só Diederich ou só Herbrecht; e que em grande parte dos extractos não aparece o nome das mães ou aparece arreliadoramente como Frau Herbrecht. Vim depois a descobrir que não eram apenas *pérolas* dos extractos mas que era efectivamente assim em grande número de registos.

  • A primeira coisa que a investigadora constatou, pelo microfilme do livro de casamentos foi que, naquela data, Carl Theodor Liebermeister, comerciante, havia casado com Friederike Luise Herbrecht, ponto final parágrafo! Nem nomes de pais nem idades dos noivos.

  • Como tinha as datas de 8 filhos de Carl Theodor e Friederike e sabia a data da morte deste no estado de viúvo, mandei procurar a morte de Friederike num intervalo delimitado. Felizmente o registo de óbito tinha a idade em anos, meses e dias o que projectava o seu nascimento para 17 de Maio de 1805. Só que entre 1802 e 1809, depois alargado a 1812 as únicas duas Herbrecht que tinham Friederike ou Louise no nome, foram facilmente eliminadas, uma porque morreu menina, outra porque casou e continuava casada e a ter filhos em 1833. Noutras famílias, também nenhuma Friederike Luise havia nascido e, tal como nas Herbrecht, todas as que tinham Friederike ou Luise no nome – considerava então a possibilidade de uma posterior adopção – foram igualmente eliminadas. Também nas confirmações, normalmente entre os 13 e 16 anos, nada foi encontrado.

  • Casais Herbrecht que pudesem ter tido uma filha em 1805 eram 16 (dezasseis) e passou-se meio ano enquanto a investigadora me enviava extractos de nascimentos, casamentos e óbitos e eu reconstituía a família Herbrecht de Unna que é mesmo uma só família, todos descendentes de um casamento de 1728. Mas de Friederike Louise, nem cheiro!

  • Inventariando tudo o que os Mórmons haviam microfilmado, já não só em Unna mas em paróquias próximas em que existiam ligações familiares, concluí que haviam filmes com sobreposição e faltas no que foi filmado. Por exemplo, no ano de 1805 estavam em 3 diferentes filmes baptizados da Igreja Evangélica mas faltavam os da Igreja Luterana (2). E na consulta a um dos filmes repetidos, feito já não sobre o original mas sobre um livro reformado, aconteceu o impossível: o filme do livro reformado tinha mais informação do que o do livro original e dava as idades dos noivos e os nomes dos pais (mas não das mães). As idades não ofereciam confiança, pois a do noivo tinha um erro de um ano (3) e o nome do pai da noiva, como não podia deixar de ser era Diederich Herbrecht. Isto lá explicou o erro do Stadtarchivar pois a única Friederike filha de Diederich Herbrecht com idade aproximada – 1809 era também a data de nascimento de Carl Theodor Liebermeister – era a tal Sophia Wilhelmina. Mas reduziram-se os casais possíveis a 10.

  • Porque o registo também dizia que que o pai da noiva já tinha falecido, foram revistos os óbitos, o que eliminou mais 6 casais em que o pai morrera depois dessa data. Contrastando toda a informação das dezenas de baptismos em que, em alguns casos, vinha a profissão do pai e o mesmo dos óbitos, consegui reduzir as hipóteses a 2 casais: o inicial referido pelo sr. Timm e um Bernhard Diederich (baptizado Heinrich Diederich Bernhard mas que casou Bernhard Diederich, teve 9 filhos só como Diederich Herbrecht e igualmente morreu Diederich Herbrecht, felizmente também com a idade correcta); foi este Bernhard casado com Clara Sybilla Schulze Allen, nascida Johanna Clara Sybilla Schulte zu Ahlen.

  • Para despistar as duas hipóteses restantes, estudei todas as testemunhas (sempre 2, muitas vezes 3 e raras vezes 4) dos baptismos de 7 filhos – não fôra encontrado o baptismo de Otto, o mais novo – do casal Liebermeister/Herbrecht e constatei um padrão de equilíbrio entre as famílias Liebermeister e Herbrecht bem como a preponderância quase total de tios entre as testemunhas. Ora, com uma única excepção, um Carl Herbrecht comerciante que era ambíguo, todos os Herbrechts se relacionavam com o casal Bernhard/Clara Schulze e não com o casal Johann/Clara Fuhrmann. Acrescia ainda que o casal Johann/Clara Fuhrmann tinha um filho em 8 de Outubro de 1804, que seria incompatível com o nascimento de Friederike em Maio de 1805. Mais significativo ainda eram os assentos de óbito dos possíveis pais de Friederike em que a correspondência de número de filhos maiores e menores também apontava para Bernhard.

  • Já estava convencido que os primeiros eram de facto os pais mas não sabia a data nem o local do baptismo – admitia então que pudesse ter sido na paróquia dos padrinhos por impossibilidade de deslocação destes – e ainda existia alguma margem de dúvida pois as relações com o outro casal também existiam porque a mãe de Carl Theodor Liebermeister também era Fuhrmann e pais e tios de Friederike apareciam a apadrinhar filhos do casal Herbrecht/Fuhrmann.

  • Só então fiz aquilo que deveria ter feito logo de início e parei para pensar: se o livro reformado tinha mais informação, o outro não podia ser o original ou, se fosse, tinha informação que não havia sido micro-filmada, nem que constasse em folha avulsa.

  • Contratei então um investigador alemão que se deslocou pessoalmente – 109 quilómetros – a Unna e depois a Bielefeld (4). Cobertos assim os arquivos civil e religioso de Unna, a central de Bielefeld e o 'Personenstandsarchive Detmold' estavam em princípio vistos todos os arquivos onde existiam livros e cópias de livros de Unna. Mas nada de Friederike!

  • Por motivos financeiros, pedi ao investigador alemão que suspendesse a pesquisa por algum tempo e comecei a fazer o levantamento de todos as paróquias de que aparecesse alguém, sogros, genros, noras, padrinhos relacionado com as famílias em causa e eliminando destas as que tivessem sido extractadas.
    Entretanto o investigador alemão tinha levado a questão a todas as listas de genealogia alemãs e sociedades de que é membro e teve uma resposta de um colega que lhe disse ter na sua base de dados essa Friederike Luise, nascida em Unna a 21 de Maio de 1805 (4 dias de erro para a idade à data da morte) e filha de Bernhard Diederich Herbrecht e Clara Sybilla Schulze Allen. Infelizmente não tinha informação sobre o baptismo nem apontamento sobre a origem da informação. Aí fiquei definitivamente convencido e já tinha a data e local de nascimento mas continuava a faltar-me o baptismo que, depois de todo o percurso descrito, se tornara quase obsessivo.

  • O passo seguinte seria uma procura sistemática em todas as localidades não extractadas pelos Mórmons e com alguma relação com o casal e família próxima o que incluía, por exemplo Uelsen, a mais de 150 km de Unna, perto da fronteira com a Holanda, pois os trisavós foram casados em Unna pelo Pastor de Uelsen, bem gostaria de saber porquê! Mas, graças a Deus, ... ou melhor, Deus seja louvado e graças aos Mórmons, fui poupado a esse esforço que seria inglório. Tendo tomado conhecimento do projecto piloto dos Mórmons, logo no dia seguinte acedi, introduzi cuidadosamente os dados, e o primeiro 'hit' foi a minha trisavó Justina Friderica Louisa, nascida a 21.5.1805 em Unna, aí batizada a 26, filha de Bernhard Diederich Herbrecht e de Clara Sybilla Schulte Allen. E também recuperei o "tio" Otto Liebermeister. E acrescentei mais uma "tia" que de todo desconhecia o que implica que nem o Dr. Ulrich Liebermeister a encontrou, não vinha referida em papéis de família e nem o irmão Gustavo dela se lembraria.

  • Onde estão de facto os livros originais, se estarão guardados sem estar à consulta, se quando se fizeram os livros reformados e, mais tarde, as cópias para os diferentes arquivos a minha trisavó foi a única que falhou, se falhou uma página inteira ou se falharam diversos registos – pelo menos os "tios" Otto e Emilie Liebermeister de que também não aparecia o baptismo – são questões que não sei e pouco me interessa já saber. Mas, além de Justina Friederica Louisa, apareceu ainda outra Friederike Luise com tudo idêntico excepto ligeira diferença na grafia do nome da mãe, o que permite concluir que:

    1º Existia um livro original onde constava a trisavó como Justina Friederica Louisa;
    2º Existia um livro reformado onde só constava como Friederike Luise, obviamente copiado já depois da data do casamento e reproduzindo a grafia deste;
    3º Os Mórmons tiveram acesso a estes dois livros pois a informação apareceu agora no projecto-piloto que, segundo eles, se iniciou há 30 anos;
    4º Foram posteriormente efectuadas cópias em que o registo não foi copiado, tal como foram efectuadas cópias do registo de casamento em que já não constam o nome dos pais nem as idades dos noivos;
    5º Foram estas últimas cópias e apenas estas que, em 3 diferentes microfilmes, foram disponibilizadas aos FHC;
    6º O investigador alemão – de que tenho boas referências – e que levou este assunto a listas e associações profissionais, não fazia ideia onde pudessem estar os livros 1º e 2º (estavam de facto reservados e só podem ser acedidos por pedido prévio, não sei se aberto a qualquer interessado se apenas a pessoas qualificadas ou da confiança do Arquivo).


  • Parte II

  • ÁRVORE DE COSTADOS (Bisavós)

  • 1 Friederike Louise Herbrecht

  • * 21.5.1805 Unna, Landkreis Unna, Nordrhein-Westfalen, Deutschland
    ≈ 26.5.1805 Unna – Justina Friederica Louisa

  • ∞ 15.10.1833 Unna – Friederike Luise Herbrecht & Carl Theodor Liebermeister

  • † 9.1.1874 Unna - Friederike Herbrecht
    † † 12.1.1874 Unna
    † Debilidade e idade avançada
    † 68 anos, 7 meses e 23 dias (erro de 4 dias)
    † Deixou marido e 4 filhos
    - A filhos é costume seguir-se a informação se menores ou maiores mas neste caso segue-se uma palavra ininteligível na leitura. Como mera hipótese, poderiam ser filhos presentes, i.e., excluindo Gustav, já em Portugal; alternativamente um dos outros 4 filhos casados poderia já ter falecido.

  • Filhos:
    1 Conradine, * 27.7.1834 Unna, ∞ Friederich Wilhelm Malcus
    2 Caroline "Lina" * 18.12.1835 Unna, ∞ Friederich Wilhelm Mohrenstecher
    3 Auguste, * 19.7.1837 Unna, – 16.9.1838 (tosse convulsa)
    4 Carl Theodor, * 5.11.1839 Unna, †1.2.1845
    5 Emilie, * 1.5.1841 Unna (deve morrido muito nova)
    6 Antonie, * 31.10.1843 Unna, ∞ Julius Kuhn
    7 Friederich, * 19.9.1845 Unna, s.m.n.
    8 Gustav "Gustavo" * 4.12.1847 Unna, ∞ Julie Moser, c.g.
    9 Otto, * 23.3.1852 Unna, ∞ Caroline Schulze-Alten (alias Schulze Altenmethler)

  • Herbrecht é relativamente raro e quase confinado a Unna, onde o mais antigo que encontrei, Johann Gottfried nasceu cal. 1698 (faleceu em 5.4.1783 com 85 anos); casou duas vezes, em 1718 e 1728, sendo este 2º casamento a origem do tronco comum. No início da investigação, contactei dois Herbrecht contemporâneos, um pastor protestante e um sapador florestal, que me disseram não existirem hoje mais de 30 a 35 Herbrecht na Alemanha e confirmaram a origem geral em Unna. Herbrechtingen é uma localidade do Württemberg e onde tenho vários antepassados de Júlia Moser, mas não sabiam se havia alguma relação.

  • Socialmente foram pequenos comerciantes e agricultores. Não encontrei nenhum letrado mas também não jornaleiros, sendo um pintor de casas talvez o de menor posição. As filhas nem sempre a mantiveram pois apareceram casamentos com um barbeiro e um ou dois jornaleiros.

  • No IGI apareceram Herbrecht, Herbrechte, Herbrechten e Herbrechter – que são distintos para o motor de busca – além de erros flagrantes, como Herbrect e Herbregte, além do malfadado Horbrecht que atrasou de meses a localização de (Johanna) Clara Sybilla Schulte Allen.


  • PAIS

  • 2 Bernhard Diederich Herbrecht

  • * 26.10.1766 Unna
    ≈ 4.11.1766 Unna – Henrich Diderich Bernhard
    – Testemunhas: Johann Diederich Gottfried Herbrecht (tio paterno), Bernhard Emil(?) Breur (desconhecido) e Henrica Catherina Elisabeth Kannegiesser (tia materna)

  • ∞ 28.5.1799 Unna – Bernhard Diederich Herbrecht & Clara Sybilla Schult Allen

  • † 20.11.1829 Unna – Bernhard Diederich Herbrecht
    † Ataque cardíaco
    † 63 anos e um mês
    † Deixou 4 filhos maiores e 2 menores

  • Nasce Heinrich Diederich Bernhard, casa e morre Bernhard Diederich e em todas outras ocasiões, nascimento e casamento de filhos e como testemunha, apenas Diederich.
    Nem faz sentido o Heinrich, que não vem das testemunhas, nem que seja tratado por Diederich, nome muito vulgar e até comum a um tio também Bernhard Diederich igualmente referido por Diederich.

  • É consistentemente mencionado como 'Gastwirth' (estalajadeiro) por vezes 'Wirth' (a mesma coisa e também taberneiro ou dono de restaurante) mas morre 'Ackerbürger' (agricultor e burguês).
    A não ser erro do pastor, significaria que se teria reformado ou entregue a estalagem(?) a um filho ou genro e que faria agricultura como lavrador (empresário agrícola) continuando a manter casa na cidade e o estatuto de burguês. Note-se que este estatuto apenas conferia direitos na cidade mas, excepto para funcionários da administração ou da igreja, também implicava um encargo pecuniário.

  • 3 Clara Sibylla Schulte Allen

  • * 5.12.1780 Rhynern, Landkreis Unna
    ≈ 12.12.1780 Rhynern – Johanna Clara Sibilla Schulteallen

  • ∞ (dismissio) – Joanna Clara Sybilla Schulte & Bernhard Diderich Horbrecht
    - Quando um paroquiano casava noutra localidade, depois das proclamações lidas em 3 Domingos sucessivos, o Pastor registava o “abate” (latim 'dismissio').
    Estes registos foram, sem excepção de que me apercebesse, extractados pelos Mórmons como casamentos, podendo assim ocorrer até 3 extractos para um mesmo casamento: um dos banhos, em localidade diferente e data anterior, outro do 'dismissio' normalmente mas nem sempre na mesma data mas em localidade diferente e o do casamento propriamente dito; assim, na falta de leitura do documento, a melhor hipótese é optar pela localidade onde nascem os primeiros filhos, pois verifiquei ser mais vulgar casar na localidade onde se vai viver do que na da família da noiva, o que, menos frequentemente, não deixava de também ocorrer. Suponho ser este o motivo do novo projecto piloto dos Mórmons incluir campos diferentes para a residência e para a efectivação da cerimónia, aliás e em primeira apreciação, normalmente não ou mal preenchidos.

  • † 27.7.1829 Unna – Joanna Clara Sybilla Schulte zu Ahlen
    † 'Nervenschlag' (?!)
    † 48 anos, 8 meses e 22 dias – Deixou viúvo, 4 filhos menores e 2 maiores (seriam bem 3 menores e 3 maiores).
    - Morreu cedo e o marido apenas lhe sobreviveu menos de 4 meses.

  • Johanna apenas ocorre no baptizado, 'dismissio' e óbito sendo apenas Clara Sybilla em todas as outras menções.

  • Filhos:
    1 Johann Diederich Carl, * 25.1.1800 Unna, † 15.4.1800
    2 Eberhardt Diderich Godfrid, * 11.3.1801 Unna, † 27.3.1830 Unna (tifo)
    3 Conrad Diederich Wilhelm, * 14.3.1803 Unna ∞ Caroline Antonette Sophie Elisabeth von Berge (RK)
    4 Justina Friederica Louisa, * 21.5.1805 Unna ∞ Bernhard Diederich Herbrecht
    5 Diederich Henrich Wilhelm, * 9.1.1808 Unna ∞ Friederike Rasche
    6 Friederica Wilhelmine, ≈ 21.3.1811 Unna, s.m.n.
    7 Carl, * 14.5.1813 Unna ∞ Wilhelmine Brinkmann
    8 Johann August, * 19.3.1820 Unna, s.m.n.

  • Na incerteza de quem seria a mãe de Friederike Herbrecht, não investiguei logo os Schulte Allen, pelo que tudo ou quase foi obtido nos extractos dos Mórmons; acresce que, só depois de num baptismo de um filho de Friederike ter visto uma testemunha Johann Diederich Schulte Allen, de 'Reinern' localizei Rhynern e pude nos respectivos “batches” reconstituir a família pois estando ela como Schulteallen no nascimento, Schulte no 'dismissio' e o noivo Horbrecht, nunca me apareceu nas buscas. Não foi fácil pois, na mesma família encontrei Schulte Allen, Schulteallen, Schulte-Allen e Schulte zu Allen em todas as variantes de Schulte, Schult, Schulz, Schulze, Schultz, Schultze e até Sulze, que será erro.
    Também se encontra Ahlen e Alten, que são igualmente erros.
    Nos extractos do IGI, encontram-se bastantes apenas com Schulze nas várias grafias (nuns casos não constava, noutros não copiaram o Allen).
    - Na idade média e até ao séc. XVIII toda a propriedade era da Igreja ou do Soberano, embora detida pela Nobreza em regime de Senhorio; era contudo muito fragmentada o que tornava a sua administração complicada. Em cada pequeno lugar, o Schulte (ou Schultz, etc.) era o camponês-agricultor que recolhia a percentagem da colheita que cabia ao Senhor e fazia a sua entrega. Daí a grande difusão do apelido, sem relação necessária entre os que o têm; daí também a forma "Schulte zu [toponímico]" (zu = em) que iria caindo em desuso até que se perdeu.
    Creio que inicialmente a grafia seria Schult ou Schulte. De Schult+zu terá resultado o Schultz – a forma mais difundida hodiernamente quando o toponímico caíu, provavelmente por já não fazer sentido após migrações. Por vezes caíu o 't' ficando a forma Schulze ou, menos vezes Schulz.
    Noutros casos manteve-se o toponímico, o que aconteceu quer nas formas de dois vocábulos separados, na de unidos por traço-de-união ou na de vocábulo único por acoplamento (Schulteallen ou Borgschulze).
    A forma mais expressiva dentro das mais frequentes, foi Schulte Allen, que adoptei.
    Deve ter-se em conta que no motor de busca do IGI e, por maioria de razão noutros, a busca por 'Schult/Schulte' não encontra Schultz/Schulze e vice-versa. Também os extractos dos Mórmons muitas vezes omitem o Allen, que, em 2 ou 3 casos pesquisados, constava efectivamente do registo mas ficaram assim confundidos com miríades de outros Schultzes. Por isso, além de correr o risco de alguma identificação errada, estou certo que alguns terão escapado, se não nesta linha, certamente nos colaterais.

  • Ahlen é um lugar poucos quilómetros a noroeste de Hamm enquanto Allen fica 1,3 km a sul de Rhynern – de onde são Clara Sybilla, seus pais e avós – por sua vez a cerca de 7 km de Hamm. Assim, além de ser a grafia que encontrei mais vezes, parece ser a que mais probabilidades tem de corresponder à origem geográfica. Quanto a Alten, será má transcrição de Allen pois Alten é a forma adjectiva de antigo, velho e só faria sentido seguido do toponímico. Paradigmaticamente Otto Liebermeister, irmão de Gustav casa em Hamm com Caroline Schulze-Alten, alias Altenmethler, filha de Dietrich Hermann Schulze Altenmethler; Methler fica a 8 km de Unna.


  • AVÓS

  • 4 Diederich Hermann Herbrecht

  • ≈ 26.10.1733 Unna – Didrich Hermann Herbrechten

  • ∞ 10.2.1760 Unna – Diedrich Herman Herbrechte & Gedrut Elsaben Kannegiesser

  • † 1802-1815
    O óbito não foi encontrado até 1802 e daí até 1822 há uma falha nos livros na central de Bielefeld, mas a mulher morre em 1815 no estado de viúva.

  • Em 1766, nascimento do segundo filho, é padeiro e distilador de brandy (Bäcker und Brandweinbrenner) mas já no nascimento de outros filhos e na morte da mulher em 1815 é estalajadeiro (Gastwirth).

  • 5 Gertrud (Catharina) Elisabeth Kannegiesser

  • ≈ 3.11.1740 Unna – Gertrudt Elsabeen Kannegiester

  • † 2.1.1815 Unna – Elsaben Kannegiesser
    † Velhice, com 78 anos de idade
    - Se não houver erro ou má leitura, o nascimento seria por 1736 e poderia haver um erro de identificação, aliás muito improvável porque implicaria uma 3ª irmã Gertrud Catharina Elisabeth; mas, por segurança dever-se-iam rever os nascimentos e os óbitos desde a data do 2º casamento do pai.


  • Filhos:
    1 Theodora Margaretha Elisabeth, ≈ 17.2.1761, s.m.n.
    2 Heinrich Diederich Bernhard, * 29.10.1766, ∞ Clara Sybilla Schulte Allen, c.g.
    3 Caspar Diederich Gottfried, * 18.8.1768, ∞ Clara Theodora Henrietta Bothe, c.g.
    4 Caspar Reinhardt, * 9.9.1769, s.m.n.
    5 Diederich Friederich, ≈ 29.9.1770, ∞ Theodora Bothe, c.g.
    6 Bernhard Diederich Gottfried, ≈ ?.8.1771
    7 Sophia Friederica Wilhelmine, * 4.3.1773, ∞ Johann Diederich Wilhelm Brand
    8 Thomas Caspar Heinrich, ≈ ?.10.1775. s.m.n.
    9 Johann Friederich Ludolph, ≈ 11.2.1778, ∞1 Lisette Werninghoff, c.g., ∞2 Louise Gerken, c.g.
    10 Theodor Heinrich Carl, ≈ ?.6.1780, s.m.n.
    11 Johanna Henrina Helena, ≈ 5.3.1784, s.m.n.

  • Nasce Gertrudt Elsabeen, casa Gedrut Elasaben e morre Elsaben; é também Gertrud Elisabeth, em diferentes grafias, nos nascimentos de 3 filhos mas, inexplicavelmente, é Catharina Elisabeth no nascimento de outros 4 (não aparece nos restantes 4).
    O genealogista alemão que primeiro identificou os pais de Friederike Herbrecht tinha como mãe de Bernhard Diederich, Catharina Elisabeth, ≈ 1.6.1743, data que corresponde à irmã. No entanto no baptismo de Bernhard Diederich em 1766, lido em microfilme e depois, confirmado no arquivo, consta a mãe, como Catherina Elisabeth, e uma das testemunhas é Henrina Catherina Elisabeth, o que afasta qualquer possibilidade de confusão entre as duas irmãs.

  • Kannegiesser, também com as combinações possíveis de Kanegiesser, Kannegieser, Kannegiessen e Kannegiester – as duas últimas diferenciadas no motor de busca – é relativamente antigo. No IGI encontram-se sensivelmente em igual número evangélicos (EV) e católicos (RK) em localidades diferentes. Infelizmente, dada a péssima qualidade dos registos, as faltas de livros, etc., não creio possível recuar a família até à separação religiosa (Em Unna o luteranismo afirmou-se em 1559 mas a conversão deste ramo Kannegiesser ao luteranismo poderia ter sido posterior).

  • 6 Johann Diederich Schulte Allen

  • ≈ 30.12.1733 Rhynern – Diederich Johann Schulze Allen

  • ∞ 22.11.1763 Rhynern – Diethrich Johan Schultze & Anna Catharina Elsabena Haunert

  • Grafias à parte, é Dietrich Johann até 1776 (7 eventos) e Johann Diederich de aí em diante (5 eventos).
    Mais um caso em que a prudência aconselha o levantamento dos óbitos pois existe uma pequeníssima possibilidade de um segundo casamento com irmão. Também o livro original – nunca um reformado – poderá revelar se houve uma mudança de pastor entre 1776 e 1778 e se isso pode estar na base da alteração, o que teria de ser contrastado com outras famílias.

  • 7 (Anna) Catharina Elisabeth Haunert

  • ≈ 11.9.1742 Rhynern – Catharina Elisabeth Honerts

  • Em grafias é campeã. Sem considerar o apelido, é Catharina, Catherine, Catrina e Catarina; e Elisabeth, Elsabena, Elsebena, Elisabehn, Elisabath, Elsabeta e Elsabehn. Mas, grafias à parte, é sempre Catharina Elisabeth excepto no casamento em que é Anna Catharina Elisabeth.
    Dado que tem uma irmã também Catharina Elisabeth, ≈ 17.0.1739, até que se confirme a morte desta, existe a possibilidade de ter sido efectivamente Anna (nome que era muitas vezes omitido).

  • Filhos:
  • 1 Dietherich Johan, ≈ 16.5.1765, s.m.n.
    2 Friderich Henrich, ≈ 7.12.1767, s.m.n.
    3 Johannes Casparus, ≈ 30.11.1769, s.m.n.
    4 Johann Friederich, ≈ 28.11.1770, s.m.n.
    5 Janna Maria Scibilla, ≈ 12.3.1776, s.m.n.
    6 Johann Henrich, ≈ 26.12.1778, s.m.n.
    7 Johana Clara Sibilla, * 5.12.1780, ∞ Bernhard Diederich Herbrecht
    8 Johann Hermann Diderich, ≈ 12.5.1783, ∞ Clara Catharina Osthoff, c.g.
    9 Johann Gerhard Theodorus, ≈ 15.9.1785, ∞ Clara Catharina Isenbeck
    10 Janna Susanna Louisa Catarina, * 5.2.1788, ∞ Friederich Wilhelm Ludwig Neuwerth

  • As grafias variam muito: Haunert, Hausnert, Hannerts, Hauneret, Hauners, Haunerts, Haunertt, Honerdt, Honert e Honerts, até ver.

  • Pressente-se que a posição social será inferior à das famílias anteriores ou, pelo menos, teria decaído nas gerações seguintes.

  • Para desenvolver com alguma segurança as linhas colaterais seria necessário mais pesquisa em arquivos.


  • BISAVÓS

  • 8 Johann Gottfried Herbrecht

  • * Cal. 1698

  • ∞1 3.7.1718 Unna – Johann Gottfrid Herbrechter & Catharina Margareta Hoehrde

    - O apelido Hörde é pouco frequente mas repete-se numa nora e vem mais tarde a reaparecer em testemunhas de baptizados Herbrecht.

  • Filha:
    1. Anna Elisabeth Herbrecht, * 1720-1726, c.c. Gottfried Eberhard Bueddemann

    - Por já não interessar à pesquisa inicial, não foram vistos com especial atenção nem nascimentos nem óbitos, podendo assim ter havido mais filhos deste casamento mas, a terem existido, não casaram em Unna nem em nenhuma paróquia extractada pelos mormons.

  • ∞2 18.1.1728 Unna - Johann Gottfrid Herbrechter & Anna Margareta Bremme

  • Filhos:
    2 Diederich Hermann, ≈ 26.10.1733, ∞ Gertrud Elisabeth Kannegiesser, c.g.
    3 Diederich Balthasar, ≈ 9.3.1736, s.m.n.
    4 Johann Diederich, ≈ 21.8.1738, ∞ NN, c.g.
    5 Bernhard Diederich, ≈ 21.10.1740, ∞ Clara Catharina Margaretha Schultz, c.g.
    6 Johann Caspar, ≈ 29.11.1742, s.m.n.
    7 Anna Christina Elisabeth, ≈ 20.2.1744, s.m.n.
    8 Helena Clara Catharina, ≈ 21.3.1746, s.m.n.
    9 Leopold Diederich, ≈ 7.6.1749, ∞ Clara Maria Gerhardina Leidhaus, c.g.
    10 Johann Heinrich, ≈ 12.2.1754, s.m.n.
    - Sendo o casamento de 1728, é invulgar o primeiro filho quase seis anos depois. Na primeira pesquisa este quadro temporal não era de interesse e poderão não me terem sido enviados nascimentos anteriores; por outro lado, por motivos financeiros, o investigador alemão tinha tarefas pré-estabelecidas e esta não estava contemplada. Mais 2 ou mesmo 3 filhos seriam possíveis se morreram novos ou casaram fora de Unna.

  • † 5.4.1783 Unna – Herbrecht (s/nome próprio) com 85 anos
    Na moldura temporal estudada não se encontra mais nenhum Herbrecht, podendo contudo existir bastante mais para trás quando os livros são já fragmentários; mesmo que em futura investigação sistemática venha a encontrar-se o nascimento não é de esperar mais do que a data pois, na melhor das hipóteses, estará como filho de Herbrecht sem outra indicação. Numa hipótese muito pouco provável, poderia aparecer o casamento de um Herbrecht e ficar a conhecer-se também a mãe.
    Uma pesquisa – necessariamente cara - em livros de impostos, registos de decisões da vereação e escrituras notariais, poderia identificar o pai. Mas, mesmo identificado o pai dificilmente se saberá se foi de facto o primeiro a adoptar o nome Herbrecht e onde terá nascido, o que até ver, se aplica a Johann Gottfried.

  • 9 Anne Margarethe Bremme

  • * Cal 1707, prov. em Unna

  • † 5.11.1789 Unna – a viúva Anna Margaretha Herbrecht, née Bremme, com 82 anos

  • Filhos já elencados acima.

  • Bremme, com esta grafia parece ser um nome regional e não apenas de Unna. Como variantes, já encontrei, Breme, Bremm, Bremmen, Bremmer sendo a primeira a mais comum e também comum a famílias que parecem nada ter com esta. Também comum a outra família, encontrei Bremke, quase certamente má leitura e, derivada desta, Bremeke e Bremekhe que não entendo como aparecem mas não têm dúvidas pois dois extractos do mesmo casamento na mesma data aparecem em diferentes 'batches' com ambas as grafias. Também ocorre a troca do 'B' por 'P' também quase certamente por má leitura.

  • Socialmente devem equiparar-se aos Haunert mas, sendo muito mais numerosos, devem ter maior diversidade; não estudei as listas de emigração, de navios e de entrada nos EUA nem é natural que o faça sem ter antes o levantamento dos óbitos mas creio que por meados do séc. XIX, um deles terá emigrado para o Reino Unido e seria engenheiro civil.

  • 10 (Johann) Gottfried Eberhard Kannegiesser

  • * [1693] quase certamente em Unna

  • ∞1 2.10.1718 Unna – Johann Eberhard Kannegiesser & Anna Catharina Adrian

  • ∞2 26.10.1727 Unna – Gottfrid Everhard Kannegiesser & Anna Clara Saterdag

  • Filhos:

    1 Arnold Wilhelm, ≈ 15.1.1733, s.m.n.
    2 Anna Regina Catharina, ≈ 15.1.1734, s.m.n.
    - Dois filhos baptizados exactamente com um ano de diferença pode ser coincidência mas poderá ser um erro do extracto e serem gémeos.

  • ∞3 12.6.1735 Unna – Gottfrid Eberhard Kannegiesser & Anna Sybilla Overbeck

  • Filhos:

    3 Johann Georg, ≈ 18.10.1736, ∞ Anna Elisabeth Diekmann, c.g.
    4 Diederich Gottfried, ≈ 21.11.1738, ∞ Catharina Gertrud Henrica Hoerde, c.g.
    5 Gertrud Elisabeth, ≈ 3.11.1740, ∞ Diederich Hermann Herbrecht
    6 Henrina Catharina Elisabeth, ≈ 1.6.1743, ainda solteira em 1776, s.m.n.

  • Dos casamentos: 1718-Johann Eberhard, 1727-Gottfrid Everhard, 1735-Gottfrid Eberhard
    Dos filhos: 1733-Goerdt Eberhardt, 1734-Gottfrid, 1736/1738-Eberhard, 1740-Eberhardt, 1743-Johann Eberhard.
    De tudo poder-se-ia concluir por dois Eberhard: um Johann que casa em 1718 e um Gottfrid que casa em 1727 e 1735 mas, para validar esta hipótese, a filha de 1743 deveria ser erro do pastor ou erro de leitura. E há que ter em conta que Johann era um nome de tal forma vulgar que era habitualmente omitido mesmo em registos; três nomes próprios, nesta área e nestas famílias começariam então a vulgarizar-se; este mesmo Eberhard em 1734 tem já uma filha com três nomes próprios. Dado que não há qualquer incompatibilidade nas datas – casa a 1ª vez com 25 anos, tem a última filha aos 50 – até que seja possível investigar cuidadosamente os óbitos, opto por um único Johann Gottfried Eberhard poucas vezes mencionado como Johann.
    De qualquer forma, o pai de Gertrud Elisabeth, quem mais interessa, é sempre Gottfried Eberhard e a dúvida reduz-se a saber se é também Johann e se nasceu mais provavelmente em 1693 ou em 1702, em ambos os casos com o intervalo provável de mais 10 ou menos 5 anos.

  • 11 Anna Sybilla Overbeck

  • * [1714]

  • Filhos já elencados acima.

  • Overbeck que também aparece Overbech e Overbecke é um toponímico de uma de três localidades: O. bei Ladbergen, CP 49549 a 81 km de Unna, O. bei Schermbeck, CP 48683 a 91 km de Unna e O. bei Ahaus, CP 48683 a 119 km de Unna. São poucos os Overbeck em Unna e tudo indica que Anna Sybilla não seria de lá. Hipóteses de recuar esta linha ficam assim dependentes de se encontrar o local de origem de Anna Sybilla.

  • Em Unna não encontrei nascimentos entre 1711 e 1744 e os 9 que nascem entre 1744 e 1769 são todos identificados como filhos de – Overbeck– sem nome próprio. Um intervalo de 25 anos poderá ser excessivo para ser o mesmo Overbeck, pelo menos só de um casamento, o que se poderá eventualmente confirmar ou afastar pelos registos de óbitos.
    Este Overbeck, com filhos a partir de [1739] e 1744 seria quase certamente irmão de Anna Sibylla, que tem filhos entre 1736 e 1743.

  • 12 Heinrich Diederich Schulte Allen

  • * [1702] Quase certamente em Unna

  • ∞ 25.11.1727 Unna – Henrich Diederich Schultze Allen & Guede Catharina Biermanns

  • 13 Güde Catharine Biermann

    - O nome Guede é invulgar mas aparece e, embora com interrogação, o pesquisador alemão assim o leu, tal como também assim aparece no extracto do IGI.

  • * [1706]

  • Filhos:

    1 Jan Franz, ≈ 25.2.1729, s.m.n.
    2 Maria Elisabeth, ≈ Est. final de Dez.1729, s.m.n.
    3 Johann Diederich, ≈ 30.12.1733, ∞ Anna Catharina Elisabethe Haunert, c.g.
    4 Johnn Henrich, ≈ 10.3.1736, ∞1 Anna Christina Schurneschulte, ∞2 Johanna Clara Maria Windgaetter
    5 Fridrich Wilhelm, ≈ 27.10.1738, ∞ Johanna Maria Catharina Elisabeth Schulte zu Rhynern, c.g.
    6 Susanna Maria, ≈ 26.3.1744, ∞ Caspar Schmidt

    - Em nenhum dos baptismos é referida a mãe contudo todos são identificados como Schulte Allen, em diferentes grafias, e filhos de Diederich ou Heinrich Diederich. Heinrich tem dois outros irmãos com Diederich no nome mas de nenhum se encontra o casamento o que afasta possíveis dúvidas.

  • - Não há Biermanns em Rhynern, embora estejam extractados cinco casamentos com Biermanns entre 1670 e 1732. Também não se vê uma localidade onde se concentrem Biermanns na época. Assim, se no assento de casamente de Guede não estiver a localidade de origem – e não deve estar porque o investigador alemão anotou o casamento não o mencionou - nada mais se conseguirá saber (5).

  • 14 Heinrich Haunert

  • * [1691] quase certamente em Freiske, Rhynern

  • ∞1 11.2.1716 Rhynern – Henrich Haunert & Anna Margaretha Schulte

  • Filhos:

    1 Henrich Jan, ≈ 14.5.1718, s.m.n.
    2 Maria Margaretha, ≈ 24.9.1720, s.m.n.
    3 Anna Sibilla, ≈ 14.5.1718, s.m.n.
    4 Anna Josina Maria, * 1719-1727, ∞ Johann Henrich Isenbeck

  • ∞2 19.10.1728 Rhynern – Henrich Haunert & Anna Maria Schultze

  • Filha:
    5 Anna Elsabena, ≈ 10.5.1730, s.m.n.

  • ∞3 29.5.1731 Rhynern – Henrich Haunert & Clara Elisabeth Isenbeck

  • Filhos:

    6 Clara Maria Elisabeth, ≈ 30.9.1732, s.m.n.
    7 Johan Henrich, ≈ 23.2.1734, s.m.n.
    8 Johan Fridrich, ≈ 20.3.1737, s.m.n.
    9 Catharine Elisabeth, ≈ 17.9.1739, prov. † a. 1742
    10 Catharine Elisabeth, ≈ 11.9.1742, ∞ Johann Diederich Schulte Allen
    11 Anna Sybilla Sophia, ≈ 24.1.1746, ∞ Johann Hermann Schulte
    12 Anna Elisabeth, ≈ 10.4.1749, s.m.n.

  • Quer no casamento quer no baptismo da filha Clara Maria, é referido como sendo de Freiske – o investigador alemão leu Greiske, que não existe – a 3 km de Rhynern e compartilhando o mesmo código postal 59069.

  • † 1748-1751 prov. Rhynern

  • 15 Clara Elisabeth Isenbeck

  • * [1701] Quase certamente em Herringen

  • ∞1 18.8.1725 Rhynern – Clara Elisabeth Isenbeck or Bierman & Johann Diderich Asbeck or Osthoff
    - Não entendi ainda estes extractos com nomes alternativos. A hipótese de ser um apelido de sucessão, Asbeck e Biermann e outro toponímico, Osthoff e Isenbeck, não é consistente com outras ocorrências e apenas pelos extractos não consegui seguir uma ascendência que me permitisse qualquer conclusão.

  • ∞2 29.5.1731 Rhynern – Clara Elisabeth Isenbeck & Henrich Haunert

  • Filhos já elencados acima.

  • ∞3 7.12.1751 Rhynern – Clara Elisabeth Isenbeck & Philip Winholdt Schultze

  • No segundo casamento identifica-se apenas como sendo de Herrigen o que é invulgar pois o costume era identificar as viúvas por essa qualidade e mesmo frequentemente pelo nome de casada: 'a viúva X, nascida Y ou apenas 'a sra. ou viúva X'. Daí que fosse útil comprovar os óbitos, apesar de não existirem anteriormente outros Isenbeck em Rhynern.

  • Herrigen fica a 6,5 km de Hamm e, na mesma estrada, a 2,5 km de Herrigen fica Isenbeck. Herrigen tem livros desde 1694 mas infelizmente não foram extractados senão seria conhecida pelo menos a data de nascimento. É ainda possível que anteriormente Isenbeck pertencesse à paróquia de Hamm que tem livros desde 1615 pelo que, com todas as dificuldades inerentes a registos que só dão o nome do pai e por vezes nem isso, esta linha poderia ainda recuar duas ou três gerações.

  • Estes Isenbeck, nesta época e tal como os Haunert, serão camponeses-agricultores. No baptismo da filha Clara Maria - uma excepção de razoável leitura - os padrinhos são a sra. Isenbeck, de Herrigen, a sra. Feiver (=a Pfeiffer) de Gersh(?) e o filho do Schulte Krautling. Isto sugere que o Schulte Krautling estaria na efectividade da função e que o casal Haunert/Isenbeck não teria posição social superior.
Notas
  • Nota prévia:
    Não me sendo possível, por ignorância da linguagem, nem a indentação nem a utilização de um tipo mais pequeno para notas, a leitura da II Parte resulta difícil e nem incluí a III Parte.

  • (1) Poderiam aparecer novos nomes no casamento mas não por substituição, desaparecendo dois e aparecendo um. A tendência foi para o aumento dos nomes mas quando estes chegaram aos 4, 5 e 6, houve alguma reacção e voltou-se ao nome único ou duplo mas já não consistentemente. Acontecia nestes casos em que apenas havia um nome de baptismo, (re)aparecerem 4 ou 5 no casamento.

  • (2) Na realidade seria ao contrário. Os Mórmons chamam Evangelisch Kirche (EV) e que, obviamente, nada tem a ver com os actuais evangélicos americanos, ao que melhor seria chamar Igreja Reformada (Reformierte) que nós designamos por Luteranos e que só depois de 1822 faria sentido chamar Evangelisch; assim a pesquisadora americana, apesar de alemã de origem, acabaria por chamar Luteranos ao que um alemão chamaria genericamente Calvinistas.

  • (3) Afinal ambos os noivos tinham um erro de um ano no assento de casamento; ele para mais e ela para menos! Se calhar o Pastor achou que casar um noivo de 24 anos com uma noiva de 28 parecia mal e reduziu-lhes a diferença a 2 anos.
    Humor à parte, não haveria grande motivo para isso, pois o Pastor deveria estar já habituado, embora em extractos sociais mais baixos. Enquanto no Württemberg, entre famílias de letrados, muito raramente encontrei noivas mais velhas a não ser de meses, na Prússia em famílias de agricultores e camponeses, cheguei a ver 14 anos de diferença sendo vulgares os casamentos de homens novos com viúvas bastante mais velhas. Seria consequência de debilidade económica em que eles não teriam dinheiro para montar casa e elas não o teriam para contratar mão-de-obra para os trabalhos agrícolas.

  • (4) Na Vestfália a Reforma impôs-se em 1559 mas mantiveram-se Católicos em número apreciável e, além da maioria Luterana – os EV dos Mórmons – também existiram grupos Calvinistas muito activos que em alguns casos tinham igrejas próprias, a primeira em 1620. Estas Igrejas uniram-se em 1819 mas o processo não foi imediato e em Unna apenas surtiu efeitos em 1822; foi esta Igreja Protestante (Evangelisch) da Westphalia que criou uma central em Bielefeld onde, em teoria, estão todos os livros ou cópias de todas as igrejas protestantes.
    Por outro lado, em consequência da guerra, Unna esteve algum tempo a partir de 1810 sob domínio francês e estes, imperialistas como sempre, impuseram o Código Napoleónico, acabaram com uma série de orgãos tradicionais como as Guildas e criaram um registo civil que se iniciou logo em 1811.
    Assim, além do 'Stadtarchiv Unna' civil e 'Evangelisch Gemeindeamt Unna', protestante existem livros reformados e cópias de toda a Vestefália em Bielefeld, religiosa, e em Detmold, civil. E, como se viu, existirão ainda livros originais que não estão à consulta.

  • (5) Nada mais se poderá saber a curto prazo mas se como é previsível os registos venham ser colocados on-line e pesquisáveis, é bem possível que apenas se encontre uma Güde Catharine cronologicamente possível.
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