A descendência ilegítima do Conde de Carnota
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Fontes
Grande Enciclopedia Luso-Brasileira em (C) Carnota
Carnota
História
  • CARNOTA. Freg. do conc. e com. de Alenquer, dist., dioc. e rel. de Lisboa; orago, Sant'Ana. Pop., 1.769 hab. em 460 fogos. Dista 15 km. da sede do cone. e 10 km. da estação do Carregado. Tem serv. de correio, esc. prim., ag. de seguros e fáb. de moagem. Produz vinho, azeite, cereais e fruta.» Teve um convento de frades capuchos, da invocação de Santa Catarina, cuja fundação, conforme asseveram os escritos de Frei João da Póvoa, Frei Marcos e dos padres Gonzaga Waddingo, começou no ano de 1408, sendo o terreno oferecido por D. João I, que para isso teve de o comprar às freiras de Odivelas por sete mil libras, valor da avaliação, efectuando contudo, o pagamento de libras oito mil, quando a isso se dispôs, ou seja dois anos depois. No chamado monte da Carnota havia uma pequena ermida dedicada a Santa Catarina Virgem e Mártir, escolhendo-a para lugar de seu repouso o Padre Frei Diogo Árias, depois da reforma do convento de Alenquer. Não tardou, porém, este antigo pregador a fundar ali uma casa religiosa, de modestas proporções. Por muito tempo continuou a servir de igreja a aludida ermida, que só anos depois foi ligeiramente ampliada, sendo nessa altura construído um dormitório térreo e algumas oficinas. D. João I dotou-a ainda de 16 colunas de jaspe, sobre as quais foram levantados os arcos dos claustros. De remodelações várias beneficiou, posteriormente, a casa, encontrando-se maior e mais sólida quando, em 1531. foi destruída pêlos repetidos terremotos que assinalaram tal ano. Foi então que Frei Vasco Correia, valendo-se dos enormes auxílios de seu irmão António Correia Baarem, fez reconstruir o edifício, no qual se instalaram de novo os frades franciscanos da província de Portugal. Em 1546, por dádiva de Pedro Sobrinho de Mesquita e sua mulher Francisca Perestrelo, foi consideràvelmente aumentada a cerca do lado Norte, seguindo-se-lhe novo e avultado acrescento do lado Sul, por oferta em terrenos de João Gonçalves e sua mulher, Maria Gomes, tornando-se assim o convento, já pelo pitoresco do local, já pelo seu recolhimento, um dos mais apetecidos do pais.
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