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Luís de Almeida Portugal Soares de Alarcão d'Eça e Melo Silva Mascarenhas (2º Marquês do Lavradio, 11º Vice-Rei do Brasil)
* Dois Portos, Torres Vedras, Lisboa (Portugal) 27.06.1729 + Rio de Janeiro (RJ) 02.05.1790
Pais
Filhos
Notas Biográficas
  • 5º Conde de Avintes e 2º Marquês do Lavradio.
  • 11º vice-Rei do Brasil, o 2º que governou a colônia depois que a sede se transferiu para o Rio.
  • Foi o 2º governador depois que a sede foi transferida para o Rio de Janeiro, a fim de evitar os descaminhos do ouro recentemente achado na província de Minas Gerais. Governou a Bahia, antes de ser nomeado Vice-rei.
  • Nomeado em 1769, Lavradio e Gomes Freire de Andrade (morto em 1763), 1º Conde de Bobadela, foram os governadores que melhor nome deixariam. No entanto, sob Lavradio se promulgou o odioso regulamento do distrito diamantino, feito pelo marquês de Pombal, e promulgado na carta régia de 10 de julho de 1771, prova de quanto era meticuloso o espírito do ministro e com que rigor procedia nas fiscalizações.
  • A respeito deste regulamento diz o seguinte o escritor brasileiro Pereira da Silva: «Limitou o numero de moradores do distrito diamantino, as suas profissões e estado, e investiu o intendente de poderes absolutos e quase ditatoriais sobre todos os assuntos militares, administrativos, judiciais e policiais, prestando contas diretamente ao governo metropolitano, e sem dependência alguma dos capitães, generais. Espantam as minuciosidades do regimento. Atemorizam as cautelas tomadas pelo governo. Horrorizam as penalidades estabelecidas para evitar-se o contrabando, que desde o princípio do descobrimento se desenvolveu em larga escala pela facilidade de transporte e de ocultação do produto, e, apesar de todas as cautelas e importantes providencias das autoridades, vexames sem conto que os moradores sofriam, e rigores bárbaros e inauditos por que passavam, quando não aumentou, todavia não decaiu, continuando o seu curso regular Senão progressivo.»
  • Lavradio teve de lutar com a situação melindrosa criada no Brasil, principalmente em relação aos gentios, pela extinção da Companhia de Jesus. O sistema de catequização não foi abandonado pelo fato de serem dele dispensados os jesuítas e desterrados dos domínios port. Não bastando, e nem mesmo achando-se habilitadas para esse fim as Ordens religiosas no Brasil, procuraram-se na Itália os capuchinhos que, posto que sem o mesmo aproveitamento e sem tão notável glória, seguiram os passos dos jesuítas e se empregaram nas missões ao sertão, encarregadas de chamar as tribos à vida social, abandonando os hábitos selvagens.
  • Em 1779, dois anos depois do falecimento de D. José I de Portugal, deixou o Brasil, substituído por Luís de Vasconcelos e Sousa.
  • Casara em 29 de outubro de 1752 com D Mariana Teresa Rita de Távora, filha do 5° Conde de São Vicente.
  • Ocupara-se, na colônia, principalmente com as obras militares necessárias à defesa do Rio de Janeiro e com a remessa de tropas e armamentos para o sul do Brasil, onde durante seu governo ocorreram a recuperação do Rio Grande do Sul, a ocupação temporária da Ilha de Santa Catarina pelos espanhóis e a perda da Colônia do Sacramento. Reformou as fortificações, ampliando-as e modernizando-as. Sua ação militar contou com a cooperação de estrangeiros a serviço de Portugal, como o alemão Tenente-General João Henrique Bohem e o sueco Brigadeiro Jaques Funck, chefe do Corpo de Engenheiros e Artilheiros.
  • Cuidou também do incremento da agricultura, trazendo o cafeeiro do norte para o Rio de Janeiro. A Academia Científica, aí instalada por seu médico José Henriques Ferreira, tinha por principal objeto de estudo a transplantação de vegetais úteis e o fomento à agropecuária.
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