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PALM, do Württemberg
História
  • PALM, do Württemberg
  • Francisco Tavares de Almeida
  • Dezembro de 2011/Março de 2012
  • Nota prévia
  • O que me impressionou e justifica esta trabalheira - tenho 1932 pessoas no ficheiro Palm dos quais 899 nascidos Palm - foi a variedade do percurso dos descendentes varonis de Johann Balthasar Palm, que faleceu como burguês de Schorndorf em 1635: até 1885, 250 anos após a sua morte, encontrei desde príncipes em Viena de Áustria, a funileiros no Ohio, com quase tudo de possível entre eles.
  • Origem
  • Não se pode saber se estararão relacionados com um Ulrich von Palm que esteve envolvido na morte do rei Alberto de Habsburg em 1308 mas documentam-se em Neresheim em 1419 com um Hans Palm (Hansen Balmen), cidadão. Desde essa data vários Palm aí são mencionados como cidadãos e várias vezes como burgomestres mas a genealogia comprovada, só se inicia-se com Wilhelm que morreu certamente bastante novo em 11 de Agosto de 1494 e foi Síndico do Mosteiro de Zimmern. Deste foi filho Matthäus que foi burgomestre e faleceu 14 de Abril de 1553 e neto Wilhelm, também cidadão de Neresheim mas que adquiriu interesses em Hedenheim, onde casou e veio por 1574 para Schorndorf onde nesse mesmo ano adquiriu uma mansão (2204 Gülden e 30 Kreuzen) que ainda hoje subsiste, após uma reconstrução no ano de 1735 e onde no piso térreo se situa a Palm’sche Apotheke (Farmácia Palm). Entre outras curiosidades, esta farmácia tem um epitáfio que recorda a morte de Wilhelm em 29 de Maio de 1580 e de sua mulher Susanna Daur, em 30 de Agosto de 1576.
  • Wilhelm, que estudara nas universidades de Tübingen e de Ingolstadt, não desempenhou qualquer cargo que ficasse documentado e deixou dez filhos de dois casamentos mas apenas dois filhos casaram e tiveram descendência. Destes, o mais velho foi burgomestre de Schorndorf e deixou doze filhos de que não há ou não se conhece continuação. O outro, Johann Balthasar, é assim antepassado comum de todos os Palm.
  • Schorndorf
  • Johann Balthasar Palm, nascido em Heidenheim a 9 de Janeiro de 1572, viria falecer de peste em Schorndorf, em 25 de Agosto de 1635, tendo casado duas vezes e tendo dez filhos, todos do mesmo casamento. Estudara algum tempo em Tübingen e foi tabelião municipal e assessor do tribunal.
  • Dos filhos, o mais velho, Heinrich n.1600 irá originar o ramo nobre de Esslingen; Johann Wilhelm, n. 1602, membro da guilda dos merceeiros - ou comerciantes de géneros alimentares - casou duas vezes e teve 11 filhos no total mas só tem descendência pelo único filho do segundo casamento, descendência essa com geração masculina extinta na terceira geração; Johann Melchior, n. 1618 casou mas não deixou descendência; finalmente Johann Philipp, n. em 1607, foi quem iniciou a tradição profissional que subsiste até hoje.
  • Farmacêuticos
  • Johann Philipp Palm, (1607-1665) casou com uma filha de um senador de Schorndorf e em 1642 adquiriu umas ruínas na Praça do Mercado que reconstruíu e onde instalou uma farmácia não sendo claro se foi uma licença original se um direito comprado à viúva do falecido farmacêutico Georg Hagenloch, que casara em 1648 com um não farmacêutico. Depois de falecer, sua mulher voltou a casar com Johann Hammoser, igualmente farmacêutico. No entanto, ou porque se tivessem já estabelecido ou porque existisse mais do que um estabelecimento, dois dos filhos foram farmacêuticos e não mais deixariam de existir farmacêuticos Palm. Certamente com falhas, tenho 29 farmacêuticos identificados “grosso modo” até final do séc. XIX, a grande maioria em Schorndorf onde, como disse, subsistem na actualidade, mas também em Nagold (80 km), Ebingen (130 km), Alpirsbach (130 km), Altenstaig (90 km), Aalen (40km), Neuenbürg (90 km), Brackenheim (70km), Backnang (30km), Marbach (140 km), Basileia e Altnau (Suiça).
  • Pesquisando no “Google” encontro farmácias com o nome Palm em Marbach, Erfurt, Albstatt e Freiberg am Neckar e ainda seis outras com nomes variados mas em que o farmacêutico tem o apelido Palm. Estou certo de que boa parte delas representam linhas que me faltam.
  • Cirurgiões, físicos e médicos
  • Jacob Christoph Palm (1706-1758) foi cirurgião - cirurgião barbeiro - em Schorndorf, profissão seguida por seu filho Johann Leonhard (1730-1783). Por sua vez, este último teve dois filhos cirurgiões: Johann Friedrich (1762-1789) e Johann Wilhelm (1764-1814) que, sendo desde 1797 cirurgião municipal na cidade imperial de Ulm e desejando praticar medicina, conseguiu em 1812 submeter-se ao exame estadual sem ter obtido primeiro uma graduação universitária. O seu filho Johannes (1754-1851), teria uma vida longa e um percurso profissional atribulado.
  • Foi aprendiz com seu pai entre 1808 e 1813. Após um período no exército do Württemberg foi estudar medicina e cirurgia na universidade de Tübingen mas por falta de educação clássica em línguas e filosofia, não foi admitido ao exame de licenciatura. Em Setembro e Outubro de 1818 passou os exames de cirugia e obstetrícia em Tübingen e fez o doutoramento em cirurgia.
  • De regresso a Ulm praticou medicina externa e interna o que levou outros médicos a protestar pedindo que fosse proibido de praticar medicina interna.
  • Tentou novamente obter a qualificação académica o que lhe foi negado pelo ministro do Interior do Württemberg por falta de educação clássica. Entretanto a controvérsia com os médicos de Ulm acentuou-se e foi formalmente acusado passando três semanas preso. Depois de diversas tentativas frustradas, conseguiu finalmente ser admitido e passou o exame em Stuttgart em 1827.
  • Johannes teve dois filhos médicos. Wilhelm Friedrich (1824-1896) foi médico em Ulm e só teve filhas, uma das quais casaria com um médico. O segundo, Carl Georg Matthäus (1821-1878) foi médico e cirurgião e teve quatro filhas do primeiro casamento, uma das quais casada com um médico, e um único filho do segundo, Carl Hans (1862-1939) que foi igualmente médico e cirurgião em Ulm. Um filho deste último Karl Hans Friedrich (1893-1972) foi médico-cirurgião e veria a tradição interromper-se com a morte do seu único filho em 1945 num raide aéreo dos Aliados.
  • Fora desta linha directa, Philipp Sigmund Palm (1729-1759) filho, neto e bisneto de farmacêuticos, foi médico em Tübingen; Ludwig Heinrich Palm (1799-1873) filho, neto, bisneto, trineto e quarto neto de farmacêuticos, foi médico em Stuttgart ; Carl Georg Ludwig Palm (1812- ?) filho, neto, bisneto e quarto neto de farmacêuticos foi médico em Ebingen (o trisavô foi pastor luterano); Carl Richard (1869-1925) filho, neto, bisneto, trineto, quarto neto e sexto neto de farmacêuticos (o quinto avô foi o já mencionado pastor) foi médico em Munique; e Martin Philipp (1900- ? ) descendente de quatro farmacêuticos até ao sexto avô, foi médico em Frankfurt.
  • Livreiros
  • Johan Jacob Palm (1750-1826), o mais novo dos 14 filhos de Jacob Christoph, o primeiro cirurgião, estabeleceu-se como livreiro em Erlangen, na Baviera, onde desde 1779 até à sua morte publicou 793 obras. Livreiro da Universidade e desde 1780 “Univeritätsbürger” editou directamente 586 obras de pedagogia, ciências naturais, direito e teologia. Teve 16 filhos de dois casamentos dos quais 5 morreram novos mas cuja descendência terei incompleta por não estarem extractados os assentos de Erlangen. Sucederam-lhe na livraria um genro e parente que fôra seu aprendiz, Christoph Ludwig Palm (1772-1837) e depois de 1851 um outro genro de apelido Enke. A livraria seria depois adquirida por seu filho, Johann Ernst August Palm (1788-1846). Palm & Enke são ainda hoje editores respeitados mas já não estão na posse de nenhum membro da família Outro dos seus filhos, Julius Carl (1811-1864) foi igualmente livreiro em Erlangen.
  • Fôra também aprendiz na livraria o sobrinho Johann Philipp (1766-1806) filho do cirurgião e colector fiscal Johann Leonhard. Johann Philipp casou em Nürnberg com uma filha dos conhecidos editores-livreiros Stein e foi editor e livreiro em Nürnberg. Já com a cidade ocupada pelos franceses, publicou um livro de 144 páginas que era um libelo e apelava à revolta, deixando Napoleão muito maltratado.
  • A sua casa foi devassada mas não foi preso por estar ausente numa feira, de onde foi para casa do tio em Erlangen mas cometeu o erro de regressar pensando que podia viver escondido em sua casa. Denunciado por um mendigo e por uma artimanha policial, foi mesmo preso e enviado pelo general Bernardotte - que depois foi rei da Suécia - para a fortaleza de Braunau am Inn, na Áustria, onde foi sumariamente julgado num dia e executado no dia seguinte, conforme ordem expressa de Napoleão quando tinha tomado conhecimento do texto que se lhe referia.
  • Este episódio é conhecido por qualquer alemão de cultura média e existe desde 2002 uma fundação que distribui bienalmente o prémio Johann Philipp Palm para a liberdade de opinião e de imprensa, sendo assim a personalidade mais mediática e emblemática da sua família.
  • Depois da morte de Johann Philipp, que foi sócio meeiro da firma “J. A. Stein'schen Buchhandlung” em Nürnberg, esta passou por várias mãos. Em 24 de Fevereiro de 1827, Johann Wolfgang Philipp Palm, filho de Johann Philipp, n. 1798, adquiriu à firma uma nova livraria em Munique a que chamou Johann Palm e que também ainda hoje existe com o mesmo nome embora também já não pertença a nenhum membro da família.
  • De diferentes linhas, Ludwig Heinrich (1833-1900) foi livreiro em Aalen e Manfred (1884- ? ) foi livreiro em Nova Iorque.
  • Ebingen
  • Ludwig Jacob Palm, nascido em 1694 em Meßtetten, onde o pai era pastor, casou em 1719/20 com Corona Maria Hailfinger, filha de um médico e viúva de Bernhard Friedrich Werner, farmacêutico que viera de Sulz para Ebingen. Corona Maria não seria um modelo de virtude - tivera um filho 42 semanas depois da morte do marido mas que conseguiu fazer baptizar como legítimo após pressões diversas sobre o pastor que levantara grandes reticências - mas detinha a propriedade da farmácia e Jacob Ludwig pôde assim seguir assim a profiissão do avô.
  • Um filho, Johann Ludwig (1721-1756) foi farmacêutico em Ebingen e pai de outro Johann Ludwig (1752-1830) e avô de um outro Christian Eberhard (1807-1858) também aí farmacêutico.
  • Johann Ludwig (1752-1830) teve dezasseis filhos de dois casamentos, um dos quais o já mencionado médico Carl Georg Ludwig, e outro que origina o próximo ramo.
  • Ohio
  • Jacob Wilhelm Palm (1796-1877) casou em Ebingen em 1824 e teve 15 filhos entre 1822 e 1844 (apenas pelos extractos não sei se o ano do casamento está errado ou se teve de facto uma filha e só cerca de dois depois casaria). Em 1846, certamente por motivos económicos, emigrou para os Estados Unidos com nove filhos sobrevivos, designadamente Anna Maria (1826-1913), Jacob Wilhelm “William Sr.” (1827-1897), Johann Ludwig “Louis” (1828-1912), Johann Gottlieb “Gottlieb, John” (1829-1892), Johann Gottfried “Gottfried, John G.” (1831-1919), Carl August “Charles, Charles A.” (1832-1909), Christian (1834-1893), Barbara (1840-1932) e Marie Christine “Christina” (1844-1885). Depois de cerca de seis meses em New York, mudou-se para Circleville, Pickaway County, Ohio onde todos os filhos casaram e tiveram seguimento, gerando uma enorme descendência em que, além de diversos agricultores e jardineiros, se encontram desde um proprietário de uma fábrica de folha de metal a um trabalhador assalariado, de comerciantes a funileiros, de um fiscal de carne governamental a um guarda-noturno, de um chapeleiro - depois estabelecido em Detroit - a um gerente de restaurante.
  • De todos, relevo Johann Gottlieb, que com 20 anos casou com uma viúva 5 a 6 anos mais velha e com um filho de 5 anos, com quem teve diversos filhos. Terá enviuvado e casou depois com uma prima direita 9 anos mais nova, filha de um tio que igualmente emigrara. Voltaram à Alemanha onde tiveram pelo menos 6 filhos e regressaram ao Ohio com quatro sobrevivos e a filha mais nova do primeiro casamento, tendo já depois do regresso, pelo menos mais um. Pelo seu obituário publicado na imprensa local, confirma-se que morreu com 62 anos e casou duas vezes, tendo 17 filhos no total, dos quais 13 sobrevivos e que se dedicara às áreas de talho - ou açougue? - e mercearia e/ou comércio e produtos alimentícios.
  • Identifico com segurança 14 filhos, 7 de cada casamento, faltando-me portanto 3 ou eventualmente 2 porque admito que o enteado fosse contado como filho, e fico com a curiosidade por satisfazer em relação a saber onde e com quem teria deixado os restantes filhos menores do primeiro casamento, durante os pelo menos oito anos em que viveu na Alemanha, período esse que inclui 1880 em cujo censo geral não se localizam em nenhuma residência de familiares identificados.
  • Esslingen
  • Heinrich Palm, nascido em Schorndorf em 21 de Março de 1600 e sendo o primogénito, terá certamente estudado pois ainda novo, foi desempenhar cargos de certa respondabilidade na cidade imperial de Esslingen, onde viria falecer de peste em 12 de Setembro de 1634. Casara em 1626 com uma jovem e recente viúva, filha do administrador do Hospital de Esslingen, com quem teve três filhas e um filho, o único com descendência.
  • O referido filho, Johann Heinrich Palm (1632-1684) estudou na universidade de Tübingen; entre 1666-1671 ocupou um lugar no conselho restrito (vereação) da cidade para o que certamente muito contribuiu o seu casamento com uma filha de David Mauchart, comerciante e cidadão muito prestigiado que exerceu em diversos anos o cargo de burgomestre e outros, como bailio municipal (administrador dos bens da cidade) curador do Asilo, provedor do Hospital, etc..
  • Não era popular em Esslingen e em 1671 foi excluído da vereação, o que considerou ilegítimo e conduziu a um processo judicial contra a cidade que durou até à sua morte.
  • Dois anos depois, obteve o cargo de curador do mosteiro de Blaubeuren ao serviço do Württemberg. Em 1681 foi conselheiro, curador e representante imperial em Esslingen e nobilitado com o foro de nobreza hereditária do império (Leopoldo I). É assim verdadeiramente expressivo da independência de que realmente gozavam as cidades imperiais, que eram de facto “quase repúblicas”, que pudesse persistir um processo judicial que nunca se resolveu entre a cidade e o representante dos interesses imperiais na cidade.
  • Em 14.2.1683 comprou uma propriedade (Freigut Deizisau).
  • Johann Heinrich teve 17 filhos mas só 7 sobreviveram até à maioridade.
  • Príncipes católicos
  • Um dos quatro filhos varões, Johann David von Palm (1657-1721) foi para Viena onde depois de secretariar um importante oficial, teve oportunidade de se distinguir no quadro da guerra contra os turcos em que conseguiu evitar que a Coroa de Santo Estevão caísse em poder dos turcos em Bratislava, trazendo-a a salvo para Linz. Reconverteu-se ao catolicismo e desempenhou depois o importante cargo de director dos serviços de aprovisionamento militar. Conjuntamente com os irmãos Jonathan e Franz, seria em 1711 cavaleiro imperial com o tratamento de “Edle von”.
  • Casou duas vezes mas só sobreviveram 3 filhos do casamento com a filha de um rico comerciante de Viena. O seu filho Carl Joseph cedo se evidenciou e era em 1729 ministro residente em Londres de onde foi expulso como retaliação pela expulsão de um diplomata inglês. Nesse mesmo ano foi elevado a barão do império conjuntamente com o irmão Leopold e foi nomeado co-comissário imperial na Dieta de Regensburg, sendo em 1750 elevado a conde do império. Porque tinha adquirido o importante senhorio de Hohen-Gundelfingen - que fôra já principado independente - ficou conhecido como conde de Palm-Gundelfingen. Do seu único casamento teve apenas uma filha e um filho, que ficaria já conhecido com o nome dinástico de Carl Joseph II e foi em 1783 elevado a príncipe do Império. No seu “style”, como apresentado num elencamento austríaco da época, vê-se Carl Joseph II príncipe de Palm, senhor de Hohen-Gundelfingen, barão em Mühlhausen, Steinbach, Bodelshofen, Balzheim e Sinningen, etc., Camareiro real e imperial, cavaleiro das Ordens de Santo Humberto e do Leão de Ouro. O seu filho que acrescentou aos seus senhorios mais dois na Boémia e outros dois na Morávia, todos com direito ao tratamento de barão, foi ainda Grã-Cruz da Ordem real de S. Miguel da Baviera, cavaleiro de S. João de Jerusalém e desempenhou o cargo de Conselheiro da Apelação no governo da Baixa Áustria. Dos seus cinco casamentos apenas teve três filhas, extinguindo-se assim com Carl Joseph III a linha dos príncipes de Palm-Gundelfingen.
  • Barões
  • Johann Heinrich von Palm (1632-1684) teve, como dito, 17 filhos dos quais 7 atingiram a idade adulta. Três filhas, todas casadas e com descendência e quatro filhos, dos quais três casados mas apenas dois com descendência.
  • Johann Adam, que originou a linha Palm-Gundelfingen, foi em 1711 cavaleiro do império conjuntamente com os irmãos Jonathan e Franciscus (Franz); de fora ficou Johann Heinrich, falecido no ano anterior.
  • Estes três irmãos Johann Heinrich, Jonathan e Franz, tinham fundado uma firma de joalharia em Viena logo se tornando joalheiros da Côrte mas Johann Heinrich, já casado e com filhos, regressou a Esslingen em 1694 e aí foi curador do Hospital e desde 1700 membro da vereação da cidade. Faleceu em 1710 durante uma viagem de negócios a Viena e aí ficou sepultado num túmulo do mosteiro de Monserrat.
  • Entretetanto Franz (1676-1742) que nunca casou, desenvolveu a firma de Viena e foi já banqueiro. Em 1735 foi feito barão do império com o irmão Jonathan e três sobrinhos, filhos do falecido irmão Johann Heinrich.
  • A carta de Mercê, como se encontra extractada é perfeitamente clara:
  • Palm von, Franz, mit seinem Bruder Jonathan und seines verstorbenen Bruders Johann Heinrich, Söhnen, Nahmens : Johann Heinrich, Franz Gottlieb und Leopold Carl, im Jahre 1735 Reichsfreiherren.
  • Não há assim explicação para os inúmeros erros em que se vê Johann Heinrich como barão - tinha falecido há 25 anos quando a mercê foi concedida - nem negando o título aos filhos, como também é frequente.
  • Esses três filhos de Johann Heinrich terão vivido entre Viena e Esslingen, onde morrem; todos casaram mas só o mais velho, Johann Heinrich como o pai e o avô, teve descendência mas a linha varonil extiguiu-se no seu único filho, barão Christian Heinrich von Palm, nascido em Viena em 1736 e falecido em 1819. Foi ele que com sua mulher instituíu uma importante Fundação e efectuou legados diversos de que se destaca o efectuado à biblioteca de Kirchheim.
  • O barão Jonathan von Palm (1671-1740) teve sete filhos, dos quais dois varões com descendência, Joseph Christian(a) e Johann Baptista Jacob Joseph(b).
  • (a) O barão Joseph Christian von Palm (1706-1781) iniciou a sua carreira no Hessen, onde já se encontra em 1728 e em 1737 é conselheiro privado mas regressa ao Württemberg com a mesma categoria e também “Kammerjunker” (fidalgo da Câmara com patente militar). Entre 1756 e 1759 foi governador de Mömpelgard (distrito administrado pelo duque do Württemberg com o título de conde com consentimento francês) e em 1864 era conselheiro privado (membro do governo) dos distritos da Suábia.
  • Teve três filhos, todos casados mas a sua descendência varonil extinguiu-se no séc. XIX com os barões Johann Eberhard Christian Jonathan (1783-1846), Carl August Eberhard (1820- ? ) e Albert Jonathan Eberhard (1827- ? ) todos casados mas sem filhos.
  • (b) O barão Johann Baptista Jacob Joseph (1713-1791) gentil-homem da Câmara do Württemberg e Couteiro-mór do condado de Mömpelgard, faleceu no seu “schloss Hohenkreuz” perto de Esslingen e teve um único filho varão, o barão Carl Jonathan (1752-1828) que desenvolveu a sua carreira no ducado de Saxe-Coburg-Meiningen onde em 1777 era já conselheiro privado. Alguns sub-dividem esta família, fazendo este origem do ramo do Saxe mas isso não parece fazer sentido pois os seus dois filhos varões, Carl Friedrich Christian Baptista (1784-1834) e Friedrich August Christian Baptista (1787-1862) nascem ambos na Turíngia e morrem ambos no Württemberg, o primeiro no solar e propriedade de Lauterbach, o segundo no mais expressivo solar e propriedade de Meßbach.
  • Do primeiro, tenho como mais recente descendente o barão dr. Imre (Emmerich) Carl Michael Julius (1886-1949) que só teve três filhas que nasceu na Hungria e faleceu na Suiça e foi gentil-homem da Câmara do Württemberg, capitão de cavalaria na Reserva do reino da Prússia, advogado e sócio de duas casas bancárias; e também o barão Herbert Erich Ernst Henning (1900-1978) que só teve duas filhas e foi empresário e importante industrial na indústria papeleira.
  • Do segundo os últimos são o barão Philipp Carl (1872-1950) fidalgo da Câmara do Württemberg que nasceu no “Schloss” Hohenkreutz e faleceu no seu solar e propriedade de Elmischwang, na Baviera; o barão Kurt Alfred que nasceu em 1920 em Munique, o barão Constantin Hubertus Julius, que nasceu em 1971 em Schwäbisch Hall e o barão Friedrich Carl Rudolf (1859-1911) que nasceu em Stuttgart e faleceu em Riga e foi tenente da Reserva do Württemberg e senhor (arrendatário) do domínio da Ilha de Oesel na Letónia.
  • Todos estes que indico como últimos no parágrafo anterior, podem ter descendência mais actual que, por motivos de privacidade, não estarão incluídos nas fontes que consultei.
  • Das várias propriedades que detiveram, além de diversas “menores” são mais significativas Meßbach, Hohenkreuz e Mühlbach, sendo também de referir o edifício de Esslingen construído para palácio citadino, que foi depois adquirido pelo conde Alexander do Württemberg e, desde 1841 foi o edifício onde estava instalada a Câmara Municipal.
  • Militares
  • Confirmando de certa forma aqueles que dizem que a verdadeira nobreza é sempre militar, esta família, com clara origem burguesa, nobilitada pelo exercício de cargos civis e pelo desempenho no comércio - joalharia e serviços bancários - cedo começa a servir militarmente, muitos prestando serviços mínimos e passando à reserva como tenente (1), capitães (vários) em qualquer das jurisdições, Württemberg, Saxe, Baviera, Baden ou Prússia. Outros foram mais longe como Carl August Ludwig, n. em 1741 e que em 1786 era major num regimento de Baden; o irmão Carl August Christian, n. 1745 que foi capitão na Guarda do Württemberg mas que foi graduado em major enquanto esteve destacado em Fuß; o filho deste último, Eberhard Joseph Christian (1786-1871) que foi major-general do Württemberg, onde comandou uma brigada Territorial; ou Ernst Theodor (1854-1927) que se reformou como coronel do Württemberg.
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